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Importação do Amazonas cai 8,52%

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15/01/2015

O Amazonas registrou queda de 8,52% nas importações, em 2014. O volume chegou a US$ 12,92 bilhões contra US$ 14,13 bilhões gastos em 2013. A China aparece no topo da lista do Mdic com US$ 4,94 bilhões uma queda de 11,67% na comparação com US$ 5,59 bilhões de produtos importados em 2013. A Moto Honda da Amazônia Ltda., confirma o índice, registrando uma queda de 16% nas importações do ano passado com US$ 553,01 milhões, contra US$ 658,30 milhões registrados no ano anterior.

Na contra mão do indicador do Mdic, a empresa Samsung Eletrônica da Amazônia Ltda., ampliou seu volume de importação em 14,53% contabilizando uma despesa de US$ 2,37 bilhões em 2014, contra US$ 2,07 bilhões em 2013. Seguida pela LG Electronics do Brasil Ltda., que importou US$ 1,26 bilhões no ano passado, contra US$ 1,12 bilhões no ano anterior, também registrando um aumento de 11,68% em sua média de importação.

De acordo com o presidente do Cieam (Centro da Indústria do Estado do Amazonas), Wilson Périco, o ano de 2014 foi não foi bom para a indústria de uma forma geral, mesmo com a realização da Copa do Mundo da Fifa, quando se esperava um aquecimento na venda de eletroeletrônico, refletindo negativamente tanto na exportação de bens finais, quanto importação de insumos para produção industrial.

“Em termos de percentual a nossa balança comercial é negativa por isso que temos os incentivos para tudo que produzirmos seja consumido no mercado nacional. Agora se compararmos a importação é muito maior que o volume exportado no Amazonas. Mas se compararmos as importações de 2014 com 2013 foi menor porque a atividade industrial foi menor. Eletroeletrônico foi muito abaixo do esperado em termo de produtividade. Então quando a atividade é menor, o volume de importação também é menor”, avaliou.

Segundo Périco o otimismo está muito baixo por conta da situação econômica do país. “Principalmente pela falta de ação do governo federal em controlar toda essa situação”, disse. Ele também não vê medidas efetivas do Governo com relação ao alto custo da máquina pública. “O governo fechou com deficit, gastou mais do que podia, ao invés de reduzir gastos, teve um aumento de despesa e isso vai encarecer os produtos, vai impactar lá no consumidor final”, alertou.

Para o presidente do Cieam, a situação econômica do país traz um certo pessimismo para os empresários e investidores em geral. “Isso retrai o anseio de investimentos, tanto na ampliação quanto em novos. Assim como vai indicar uma redução no consumo principalmente no sudeste do país, com esses aumentos, que deve resultar numa menor demanda e esse é um círculo vicioso ruim para toda a economia”, alertou Périco.

Ainda segundo Périco, os produtos descartáveis eles sempre tiveram uma participação boa nas exportações, mas com a queda nas vendas de eletroeletrônicos e motocicletas, eles podem estar tendo uma participação ainda maior. “Agora com os produtos da P&G, como os aparelhos de barbear, lâminas, entre outros descartáveis, vão ampliar o mercado exportador. Já os insumos para concentrados sempre tiveram uma participação forte nos últimos três a quatro anos e a Recofarma tem sido agraciada como empresa exportadora do ano já em três ou quatro anos consecutivos”, avaliou os dados do Mdic.

Já em relação ao novo Ministro do Mdic, Armando Monteiro, a expectativa é positiva no Ciem, justificada pela larga experiência adquirida no comando da CNI (Confederação Nacional da Indústria). “Eu vejo com muito otimismo. Armando Monteiro é uma pessoa que conhece a realidade da indústria nacional. Ele esteve à frente da CNI durante muitos anos, conhece as deficiências do país na questão da competitividade e nós só esperamos que ele consiga tomar todas as medidas para resgatar a retomada do crescimento do país”, concluiu.

Quanto à exportação o Amazonas também registrou queda em 2014, de 10,81% com US$ 943,49 milhões contra US$ 1.01 bilhão registrado em 2013. Segundo Périco, decorrente da baixa atividade industrial registrada no ano passado. “Um é reflexo do outro. Quanto menor a atividade industrial, menor a importação e consequentemente será menor a exportação. Os números só confirmaram”, finalizou.

Fonte: JCAM

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