13/08/2015
De janeiro a julho, o total de produtos que entraram no país somou US$ 20,4 bilhões (R$ 71 bilhões). No ano passado, haviam sido US$ 24,4 bilhões em igual intervalo.
A queda da atividade industrial brasileira é a principal razão, pois a maior parte dos itens importados é de componentes utilizados na fabricação de eletrônicos.
A retração puxou para baixo o deficit da balança comercial do setor, que ficou em R$ 17 bilhões (-16,4%).
Mesmo com a melhora do dólar para as companhias exportadoras, os embarques também caíram: -14%.
"O câmbio realmente está mais favorável, mas o processo de retomada [do nível de exportações] é lento. Muitas vezes, para reingressar em um mercado que havia sido perdido, a empresa pode levar até um ano e meio", afirma Humberto Barbato, presidente da associação.
Empregos
Ainda não há, segundo o executivo, dados de grupos do setor que pretendam aderir ao PPE (Programa de Proteção ao Emprego), plano do governo federal que prevê a redução da jornada de trabalho para evitar demissões.
"Ao aderir [ao PPE] a empresa precisa se comprometer a não demitir, mas como ela pode assumir isso se não há uma noção clara de como as coisas vão ficar?", afirma.
De janeiro a junho, o segmento demitiu cerca de 15 mil pessoas, quase 9% do total de 174 mil que estavam empregadas na área em dezembro do ano passado.
Fonte: Abinee