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IBGE: Municípios do Norte e Nordeste dependem mais de gastos públicos

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17/12/2013

Economias municipais do Norte e Nordeste do país são as mais dependentes dos gastos públicos. É o que aponta a pesquisa Produto Interno Bruto dos Municípios 2011, divulgada nesta terça-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Nos Estados dessas regiões, de 23,1% a 100% dos municípios têm mais de um terço do Produto Interno Bruto (PIB) dependente da participação da administração, saúde e educação públicas e seguridade social.

Das 15 cidades que integram Roraima, todas têm mais de um terço do PIB relacionado à máquina pública. Administração, saúde e educação públicas e seguridade social registraram peso superior a 50% no PIB em todos os municípios de Roraima, com exceção apenas de Boa Vista, com 39,8%.

Nos municípios do Amapá, a participação é de 94%, ao passo que, no Piauí e na Paraíba, a representatividade é de 89% e 93%, respectivamente.

O IBGE apurou que os municípios do Sul são os que menos dependem dos gastos do governo, já que no Paraná e em Santa Catarina não existem cidades cuja participação dos gastos públicos supere um terço da economia. No Rio Grande do Sul, o indicador estava em 3,8% em 2011.

De acordo com o levantamento, no Sudeste, os municípios mais dependentes dos gastos do governo são do Estado do Rio de Janeiro, onde 41,3% das 92 cidades têm mais de um terço de sua economia atrelada à máquina pública. Em São Paulo, o índice ficou em 0,8%, ao passo que, em Minas Gerais e Espírito Santo, o indicador foi de 28,7% e 20,5%, respectivamente. 

No Centro-Oeste, a participação dos gastos públicos excede um terço da economia de 100% dos municípios do Distrito Federal. O índice foi de 7,7% em Goiás; de 5,1% no mato Grosso do Sul; e de 5% no Mato Grosso.

Serviços


As cidades de São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília agregaram 25% do valor adicionado bruto dos serviços ao PIB. De acordo com a pesquisa do IBGE, o município de São Paulo representou 13,1% do valor adicionado bruto dos serviços ao PIB. O Rio de janeiro contribuiu com 5,9%, seguido por Brasília, com 5,7%. As três cidades concentravam 10,5% da população brasileira naquele ano.

A participação no valor adicionado bruto dos serviços, nos últimos anos, caiu em São Paulo e no Rio de Janeiro. Em 2007, o indicador estava em 13,9% na capital paulista e em 6,2% no Rio. Em Brasília, essa relação tem aumentado, uma vez que a participação estava em 5,5%. 

O estudo apontou que 41 municípios, dos quais 19 capitais, detinham 50% do valor adicionado bruto dos serviços ao Produto Interno Bruto (PIB). No PIB de 2011, o setor de serviços teve uma participação total de 67%.

Fonte: Valor Econômico

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