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Hora da pacificação na prática

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24/07/2019

Notícia publicada pelo Jornal do Commercio

Andréia Leite

A vinda do ministro da Economia, Paulo Guedes, que presidirá a primeira reunião do CAS (Conselho de Administração da Suframa), do ano, na próxima quinta-feira, (25), surge como oportunidade para que os dirigentes e representantes ligados ao PIM (Polo Industrial de Manaus), aparem as arestas e aproveitem a ocasião para a abertura do diálogo e o amplo consenso sobre o modelo ZFM.

O presidente do Cieam (Centro da Indústria do Estado do Amazonas), Wilson Périco, a presença traz otimismo e expectativa para representantes da indústria. Ele considera que o momento é de avanço para o Estado e, mais do que atenuar diferenças, a presença de um presidente da República na reunião, é um momento ímpar, fato que não acontece desde a época da gestão do ex-presidente Lula.

Além disso, conforme Périco, a oportunidade não deixa de ser uma aproximação para que o ministro Paulo Guedes conheça mais a fundo o modelo ZFM. "É uma das demandas mais pontuais. A questão da segurança jurídica, a autonomia da Suframa e os PPBs, serão algumas frentes relacionadas ao modelo, que pretendemos apresentar ao ministro".

Para o titular do Cieam, é muito difícil estabelecer um conceito quando não conhece Se posicionar em cima de uma decisão quando só se observa um lado da moeda não é válido, "E esse é o momento de apresentamos o que conhecemos do modelo".

O ministro Paulo Guedes, sempre se manifestou contra o modelo ZF, demonstrando por diversas vezes a insatisfação em relação aos incentivos fiscais do MA. Em muitas ocasiões foi duramente criticado por liderança políticas locais e por entidades representativas do setor produtivo.

Para desconstruir a ideia do ministro, de que o modelo ZFM, não é de renúncia fiscal e sim de incentivo, o vice-presidente da Fieam, Nelson Azevedo, reitera que é importante que Paulo Guedes veja com os próprios olhos o tamanho que esse modelo representa não apenas para a região, mas para o Brasil. "Nós acreditamos que a visita é um memento bom. E será mamada de êxito para nós compara a Zona Franca de Manaus. Sei também que será momento de propor algumas coisa. Pela primeira vez todas as entidades e setores estão alinhados em apaziguar qualquer diferença e harmonizar o diálogo". Nelson Azevedo declarou ainda que a expectativa não é apenas em tomo dos p que serão aprovados, ma das pautas como a BR-319, e a podaria dos PPBs, dando mais agilidade para a entrada de novos projetos.

"Eu acredito que é um momento muito oportuno. A gente espera que as coisas melhorem e a economia tenha um movimento favorável. A ZFM sofre restrições ao modelo desde a década de 70 com várias dificuldades. O ministro vai ver que o modelo é uma realidade".

Ele disse ainda que o ministro com certeza vai observar que aportar recursos para o Estado traz outras consequências. Porque o modelo econômico é o grande colaborador para que as coisas aconteçam. E que isso pesou, inclusive, no acordo entre a União Europeia e o Mercosul lo é uma das razões da ação ambiental que deve ser mantido".

Ele justifica ainda que as empresas como a Moto Honda tem mais de 900 revendas de motos, composta por 12 a 15 pessoas dentro destes postos de trabalho% ou seja, é uma grande detentora de emprego. "Nossas matérias-primas e bens interme-diários é muito grande e temos ainda uma grande rede de fornecedores. É Sensatez pensar de outra forma. Essa é uma cadeia envolvida na economia que tem que ser avaliada, não chegar e dizer que vai acabar, uma atitude, pode causar efeito negativo para o país. Nós não podemos ser tratados como desiguais com uma logística complexa, que onera a produção. Precisamos manter nossa política de incentivos fis-cais". Ele finalizou declarando que com a vinda do presidente, todos os olhos estarão voltados para o Amazonas e garante que sairão daqui com uma ótima impressão.

US$ 626 milhões em investimentos

A 287a Reunião Ordinária, do CAS, prevista para acontecer nesta quinta-feira (25), a partir das 10h, no auditório da Suframa vai analisar 88 projetos industriais, sendo 26 de implantação e 62 de ampliação, atualização ou diversificação. Juntos, os projetos somam USS 626.917 milhões em investimentos totais nos primeiros três anos de funcionamento das linhas de produção, com a geração de 3.545 novos postos de trabalho e previsão de (aturamento na ordem de US$ 3.605 bilhões no mesmo período.

Serão avaliadas ainda alterações nos três principais marcos regulatórios referentes à implantação de projetos industriais e agropecuários que, de acordo com o superintendente Alfredo Menezes, deverão trazer mais agilidade no trâmite dos processos e simplificação e desburocratização de procedimentos.

Também foi submetida ao CAS as alterações da Resolução n° 203/2012, que dispõe sobre apresentação, análise, aprovação e acompanhamento de projetos industriais aprovados no Conselho de Administração da Suframa. Segundo o superintendente, a nova proposta dará maior celeridade na aprovação de projetos industriais e na eventual concessão de limites adicionais para importação de insumos. "Os projetos industriais passarão, em sua maioria, a serem aprovados no âmbito da própria Suframa e depois comunicados ao CAS, bem como apresentados de forma simplificada para a análise da Autarquia", explicou.

Entre os projetos indus-triais de implantação, que representam efetivamente a abertura de novas empresas no Polo Industrial de Manaus destaca-se a iniciativa da Yellow Indústria e Comércio de Equipamentos de Mobilidade LTDA, que apresentou projeto para produzir patinetes e bicicletas elétricas, com investimento total maior que US$ 12 milhões.

POR DENTRO

Saiba mais

A indicação de Paulo Guedes para presidir o Conselho Administrativo da Suframa (Superintendência da Zona Franca de Manaus) foi publicada no decreto 9.912, do dia 10 de julho, mas já era prevista pelas regras da autarquia, que estabelecem que o presidente do CAS (Conselho Administrativo da Safra ma) deverá ser o titular do ministério ao qual a superintendência está subordinada. Com a reforma ministerial, coube ao Ministério da Eco-nomia a missão de gerir o programa, que, desde o inicio do governo Bolsonaro, vem sendo alvo de críticas de economistas e membros da atual equipe econômica. O principal argumento é que são gerados poucos empregos a um preço alto.

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