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Honda descarta novas paralisações

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08/10/2014

A Moto Honda da Amazônia descarta paralisações na produção em outubro, como as verificadas no mês de setembro para ajuste de estoque. De acordo com o gerente de Relações Institucionais da multinacional, Mário Okubo, é possível que a partir de agora haja uma retomada de crescimento no setor. “As restrições de crédito, variações cambiais, inflação, entre outros fatores, vem impactando o mercado de motocicletas, principalmente de baixa cilindrada. Assim, foi necessário realizar paradas de seis dias úteis na produção durante os meses de agosto e setembro com o objetivo de ajustar estoques. Esperamos uma reação do mercado nos próximos meses e até o momento não há previsão de paradas na linha durante o mês de outubro", finalizou Okubo.Em setembro, o setor registrou perdas em todos os indicadores do segmento de duas rodas - produção, vendas e exportação. De acordo com dados da Abraciclo (Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares), no mês passado a produção de motocicletas caiu 1,5% em relação a agosto. Neste período foram fabricadas 127.813 motocicletas, ante 129.768 unidades fabricadas no mês anterior. Já na comparação com setembro do ano passado, quando foram produzidas 150.731 unidades, a redução foi de 15,2%.

As vendas no atacado, que em agosto haviam somado 120.936 unidades, recuaram 3,6%, ficando em 116.639 unidades em setembro. O volume é 18,8% menor que o registrado em setembro de 2013 (143.570 unidades).

Já as exportações tiveram uma diminuição de 4,8% na comparação mensal, com 9.075 unidades. Em comparação com setembro de 2013 (8.169 unidades), no entanto, houve evolução de 11,1%.

O desempenho negativo do setor no mês de setembro acompanha o movimento descendente registrado no terceiro trimestre. Segundo os números da Abraciclo, a produção do período contabilizou uma queda de 7,1% frente ao terceiro trimestre de 2013. Foram fabricadas 393.085 motocicletas ante 423.258 unidades no ano passado. No acumulado do ano (janeiro a setembro) a queda registrada foi de 8%, passando de 1.263.203 (2013) para 1.162.698 (2014) unidades.

As vendas no atacado também apresentaram queda de 7,6% frente a 2013. De julho a setembro foram comercializadas 350.598 unidades para as redes de concessionárias, ante 379.308 unidades no mesmo período do ano passado. Já no acumulado, o decréscimo foi de 10,7%, com 1.195.770 motocicletas comercializadas em 2013 ante 1.067.382, em 2014.

Pelo levantamento divulgado pela Abraciclo, as exportações também registraram recuo. O terceiro trimestre de 2014 somou 26.124 motocicletas comercializadas ao mercado externo, volume 17,5% inferior em relação às 31.676 unidades do mesmo período de 2013. No acumulado de janeiro a setembro do ano foram exportadas 71.543 motocicletas, correspondendo a uma queda de 6,4% frente a igual período de 2013, que havia totalizado 76.453 unidades.
Resultado já era esperado

A Abraciclo já previa um ano difícil, porém, a comercialização de motocicletas vem apresentando desempenho aquém do esperado, o que deve resultar em revisões para baixo das projeções para o setor no fechamento deste ano.

De acordo com o presidente, Marcos Fermanian, o principal motivo para a queda foi a diminuição na oferta de crédito, que afeta a classe C e D, camada que representa 85% dos consumidores das motocicletas de baixa cilindrada, modelos mais vendidos no país.

"Precisamos de algum mecanismo que viabilize a venda a prazo para as classes mais baixas. O grande desafio das empresas fabricantes será reposicionar seu ponto de equilíbrio. Elas precisam se adequar a uma nova realidade ", disse Fermanian.

O presidente da Fieam (Federação das Indústrias do Estado do Amazonas), Antônio Silva confirma o pessimismo. Ele também afirma que a retração já era esperada, devido às dificuldades na concessão de crédito e ao período de indefinição política. Na opinião do presidente da Fieam, o setor tem grandes chances de fechar o ano no vermelho.

“O polo de duas rodas continua sofrendo com os problemas na aprovação de crédito. Acredito que vamos continuar enfrentando esse problema até o fim do exercício de 2014. Não vejo nenhuma luz que possa sinalizar positivamente em função do momento que estamos vivenciando. Com certeza absoluta teremos problemas”, lamentou Silva.

Fonte: JCAM

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