03/03/2016

Trabalhadores do transporte especial e rodoviários fizeram um protesto na Avenida Buriti, localizada no Distrito Industrial, Zona Sul de Manaus, na manhã desta quinta-feira (4). Eles pedem melhorias na infraestrutura das ruas daquela área e relatam riscos de acidentes.

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Especial e Fretamento (SindEspecial-AM), William Enock, disse que os buracos danificam os veículos e, com isso, os empresários cobram dos próprios motoristas os valores referentes à manutenção. “Se quebra uma ponteira do ônibus, é cerca de R$ 800 reais [para consertar]. Eles querem descontar do salário do motorista e isso não pode. O motorista tem que jogar o carro dentro do buraco, porque não tem lugar para passar, ou seguir pela contramão, o que pode causar um acidente”, reclamou.

Na semana passada, a titular da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) Rebecca Garcia comentou a situação de algumas ruas do Polo Industrial de Manaus, durante a reunião do Conselho Administrativo da Autarquia (CAS).

Em entrevista à Rede Amazônica, ela disse que deve acionar a Justiça contra a prefeitura da capital para conseguir melhorias nesse sentido. "Foi uma indicação do Ministério Público, uma maneira da Suframa cobrar legalmente que as ruas fossem recapeadas", disse Rebecca.

A população disse que não entende o impasse burocrático que impede que obras sejam feitas para recapear a avenida, que tem movimento intenso durante todo o dia. “Ao longo dessa rua, todo mundo paga IPTU e não é barato, porque é área de Distrito. É pago imposto municipal de um local que é esburacado”, sintetizou o professor de Educação Física Aroldo André.

O G1 aguarda resposta da Suframa sobre o protesto.

Em nota, a Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seminf) disse que "a Suframa sempre procurou retirar o PIM da jurisdição administrativa da Prefeitura de Manaus, ou seja, nunca consultou o Executivo para tomar decisões relativa à infraestrutura". A prefeitura alega ainda que recursos para asfaltar as ruas do Distrito nunca chegaram aos cofres do Executivo Municipal. Hoje, o asfaltamento completo do Distrito custa algo em torno de R$ 100 milhões.

Ainda de acordo com a Seminf, "nas últimas duas vezes que a Suframa teve recursos em caixa para tal fim, fez convênios com o Cieam e com o Governo do Estado e não procurou a Prefeitura de Manaus". "A Prefeitura de Manaus não se furta a asfaltar as ruas do Distrito Industrial, desde que o Governo Federal repasse os recursos ao Executivo Municipal para que o trabalho seja feito, como a Suframa já fez com o Estado e com a Cieam", finalizou a nota divulgada pela pasta.

Fonte: G1.com