27/08/2013
Segundo a CEO da Mola no Brasil, Danielle Cunha, o fundo se posicionou na lacuna existente entre o investimento anjo e o aporte de private equity. “Queremos empresas já consolidadas, mas que precisem de mais dinheiro e desenvolvimento para obter um Round A de vulto maior”, afirma Danielle. A executiva diz que os aportes iniciais devem ser em torno de R$ 50 mil neste primeiro ano de atuação no Brasil, em que a Mola ainda está estudando melhor o mercado.
“Acreditamos em uma abordagem local”, diz Danielle. “Estamos construindo a marca e idealizando a melhor estrutura para o Brasil.” A ideia é que, talvez já no ano que vem, a Mola comece a funcionar como uma incubadora de ideias e uma “fábrica” de startups, tal como é em Palma de Mallorca, balneário espanhol onde o grupo nasceu.
Ela não restringe as possibilidades para o Brasil, mas visualiza mais oportunidades para startups B2B ("business to business", ou seja, de empresas para empresas). “É um mercado carente de soluções que facilitem seu dia a dia”, afirma a executiva. A Sontra, que recebeu R$ 100 mil do grupo espanhol, é um exemplo. A startup desenvolveu uma plataforma de comparação de preços para transporte rodoviário.
Aos negócios que pretende trazer de fora, a Mola quer dar um jeitão brasileiro. Danielle diz que, mesmo sendo startups espanholas, a gestão ficará a cargo de empreendedores locais, uma vez que entender as questões culturais é decisivo para o sucesso de uma empreitada.
O Grupo Mola foi fundado em 2009 pelo empreendedor Enrique Dubois e pelo investidor Paco Gimena. O fundo tem cerca de R$ 30 milhões investidos em 60 empresas na Europa e Américas.
Fonte: JCAM