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Greve: Cieam diz que dez indústrias podem parar nos próximos dias

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28/10/2016

O diretor executivo do Cieam (Centro da Indústria do Estado do Amazonas), Ronaldo Mota, disse, nesta quinta-feira, 27, durante entrevista coletiva na sede da instituição, que a greve dos auditores da Receita Federal que afeta o Polo Industrial de Manaus, pode levar a paralisação das atividades em dez indústrias do setor de eletroeletrônicos. Essas empresas trabalham com insumos importados e a Receita Federal está com cerca de 4 mil contêineres retidos por causa da greve.

De acordo com Ronaldo Mota, a greve que começou no dia 18 deste mês chega no momento em que a indústria está finalizando a produção para as vendas de fim de ano. “Esse é o último mês de atividade para os produtos que deveriam chegar as lojas para o Natal”, disse. Ele não quis dar nomes das empresas, mas disse que as de eletroeletrônico estão em situação mais crítica.

A greve, de acordo com o representante do Sindicato dos Auditores Fiscais, Sheldon Kerme, presente na coletiva, também afeta o comércio do Amazonas, porque toda a mercadoria que chega a Manaus pelos portos ou aeroporto precisam ser liberadas pela Receita Federal. Com a greve, os produtos estão retidos nos contêineres.

Motivação da greve

O representante do Sindicato dos Auditores da Receita Federal disse que o motivo principal da greve foi a mudança na redação de um projeto de lei que regulamenta a carreira de auditor, que tramita na Câmara dos Deputados. Sheldon disse que a discussão para a formatação do projeto começou há um ano e meio. Em março deste ano, o governo federal, ainda sob o comando de Dilma Rousseff, enviou o projeto fruto de acordo com a categoria para Câmara dos Deputados. Na Câmara foi criada uma comissão especial, que fez uma série de modificações na matéria. “Se não mudarem o texto, não temos outro caminho senão o da greve. Foi a única solução que encontramos para reivindicarmos aquilo que foi acordado com a categoria”, disse Sheldon.

Pauderney crítica

O deputado federal Pauderney Avelino (DEM), que vem discutindo com a categoria em Manaus e em Brasília, disse que é contra a greve e criticou o comando nacional do movimento, porque, segundo ele, havia pedido que a greve não fosse deflagrada em Manaus. “O Amazonas é o Estado que mais perde com a greve, porque depende da Receita Federal como nenhum outro. Os insumos, quando entram, e os produtos, quando saem, tem que ser desembaraçados na Receita Federal”, disse o parlamentar.

Depois da entrevista coletiva, o deputado, a direção do Cieam e o comando de greve local iriam se reunir para tentar um acordo. Pauderney ponderou que a greve foi uma medida extrema diante do fato de que há apenas um relatório da comissão especial da Câmara que sequer foi votado. Segundo ele, pelo grau de problemas que o projeto vem apresentando, dificilmente será aprovado do jeito que está.

Ronaldo Mota, disse que o Cieam ingressou na última terça-feira, na Justiça Federal, com um mandado de segurança para obrigar a Receita Federal a liberar os insumos das indústrias, mas até o momento o pedido não foi julgado. Outras empresas em situação mais crítica também ingressaram com mandados de segurança individuais, mas também não obtiveram êxito até agora.

Fonte: Amazonas Atual

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