07/02/2014
O presidente do Sinframa, Stênio Ferreira, admite que a paralisação poderá afetar negativamente a produção industrial do Estado, uma vez que cabe aos servidores da Suframa a liberação dos componentes e mercadorias fundamentais para o funcionamento das linhas de produção. Caso a greve se confirme, 100% dos serviços, segundo o sindicado, serão interrompidos.
“É a Suframa que faz as vistorias para a entrada de mercadorias para o Distrito Industrial. Então, com certeza, a greve deve afetar a produção e a nossa intenção é mais ou menos essa: pressionar para termos uma solução do nosso problema”, afirmou Stênio.
Suframa se posiciona
Questionado sobre possíveis prejuízos no PIM, o superintendente da Suframa, Thomaz Nogueira, afirmou: “não posso responder pela indústria”. Nogueira rechaçou ainda as acusações de que a Superintendência não estaria aberta a negociações com os servidores. Ele afirmou ser favorável ao reajuste salarial e garantiu que a questão já está sendo analisada em Brasília.
“Nós já nos posicionamos sobre a necessidade da correção. O Ministério (do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior) já criou um grupo de trabalho, juntamente com o Ministério do Planejamento para discutir a questão e fazer uma proposta. Isso já está em andamento. A Superintendência e o Ministério mantêm o diálogo. Eu respeito as decisões e as representações das categorias”, declarou Thomaz Nogueira ao Jornal do Commercio.
O Caso
Servidores da Suframa anunciaram que vão cruzar os braços por tempo indeterminado a partir do dia 19 de fevereiro. A decisão foi anunciada pelo presidente do Sindframa (Sindicato dos Funcionários da Suframa), Stênio Ferreira Borges, após assembleia geral dos servidores, que foi realizada na manhã da última quarta-feira (5).
Ao todo, cerca de 400 funcionários poderão paralisar as atividades, sendo 250 alocados em Manaus e mais 150 distribuídos pelas unidades descentralizadas da Suframa – sediadas nas cidades de Macapá, Porto Velho, Rio Branco e Boa Vista.
Desde 2009 os servidores da Suframa estão tentando, sem sucesso, ajustar o plano de cargos e salários.
Fonte: JCAM