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Greve prejudica retomada da economia

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28/04/2017

Sistema de transporte rodoviário, agências bancárias, escolas, vigilantes, servidores da Justiça do Trabalho, entre outros setores econômicos do Estado devem paralisar as atividades nesta sexta-feira (28) em reivindicação às reformas trabalhista e previdenciária, propostas pelo governo federal. Para os empresários amazonenses, o movimento, organizado pelas centrais sindicais de todo o país, apresenta características político-partidárias e pode prejudicar ainda mais o desempenho da economia local. A categoria patronal ressalta a necessidade de atualização das legislações e descarta a possibilidade de perdas ou regressão quanto aos direitos trabalhistas.

Na avaliação do presidente do Cieam (Centro da Indústria do Estado do Amazonas), Wilson Périco, uma manifestação organizada em uma sexta-feira que antecede a um dia de feriado e que prejudica à população, ao trabalhador que fica impossibilitado de se deslocar, de pagar contas ou ter acesso a outros serviços, deixa de ter fundamento ou objetivo social. Périco ainda ressaltou que a atualização às legislações, proposta pelo governo federal, é necessária e que ao contrário do que a população teme, as relações trabalhistas serão mais flexíveis e sem perdas de direitos já garantidos.

"Não vejo esse movimento como democrático porque está sendo realizado em um dia de semana, penalizando pessoas que deixam de ter acesso a diversos serviços. É um movimento realizado com interesses político-partidários e não têm cunho social. Essas reformas previstas pelo governo federal adequam e modernizam a Lei, que é antiga. Não há perdas de direitos. Pelo contrário, contribui para uma melhor relação entre o empregador e o trabalhador", disse.

De acordo com o vice-presidente da Fieam (Federação das Indústrias do Estado do Amazonas), Nelson Azevedo, as reformas trabalhistas e da previdência são necessárias porque as atuais legislações são antigas e, segundo ele, estão desatualizadas. O empresário também concorda que a manifestação que acontece nesta sexta-feira foi desencadeada com interesses políticos e partidários.

"Um dia de paralisação das atividades prejudica a indústria, o comércio e todos os demais segmentos econômicos nacionais. A atualização da legislação trabalhista precisa acontecer e não vejo isso como prejudicial. Enquanto as reformas não acontecerem fica difícil recuperar a economia do país. Não haverá perdas de direitos trabalhistas. A terceirização vai simplificar as relações trabalhistas, além de reduzir a burocracia", avaliou.

Por meio de nota a Fecomércio-AM (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Amazonas) informou que o comércio funcionará normalmente durante esta sexta-feira. A Federação também informou que respeita as manifestações que ocorrem hoje no país, porém ressalta o compromisso com o desenvolvimento do Estado com o intuito de manter e fortalecer todas as atividades e categorias econômicas dos setores de comércio, serviços e turismo.

Setores paralisaram atividades

O TRT11 (Tribunal Regional do Trabalho da 11ª Região AM/RR) suspendeu as atividades, no âmbito do Tribunal, hoje, por meio da aprovação da Resolução nº 105/2017.

De acordo com a Resolução, os prazos que venceriam no dia 28 de abril ficam prorrogados para o primeiro dia útil seguinte. Casos urgentes serão atendidos em regime de plantão.

O SEEB-AM (Sindicato dos Bancários do Amazonas) também aderiu à greve e orientou aos bancários para não comparecerem aos postos de trabalho, hoje. Para o presidente do Seeb, Nindberg Barbosa dos Santos, o momento exige que os trabalhadores busquem seus direitos. "Vivemos um momento importante e delicado em que precisamos dos trabalhadores protestando nas ruas, em especial a categoria bancária, contra a atuação do governo e do Congresso Nacional prejudicando enormemente os trabalhadores. Vamos repudiar veementemente essas reformas propostas pelo governo que irão prejudicar todas as categorias trabalhistas e as futuras gerações de trabalhadores".

O Sinteam (Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Amazonas) também aderiu ao movimento grevista. Os trabalhadores são contra as reformas da previdência, trabalhista, do ensino médio e a Lei da Terceirização. Segundo o presidente do Sinteam, Marcus Libório, a intenção é alertar a população para os prejuízos que as mudanças podem acarretar para a classe trabalhadora.

Ele alerta para a precarização da mão de obra, o que prejudicaria o aprendizado dos alunos. No caso da reforma da previdência, o prejuízo é para os professores, que terão perdas dos direitos conquistados.

"Retrocedemos 50 anos em menos de um. Não dá pra ficar parado, esperando as coisas acontecerem. Precisamos, de alguma forma, impedir tanto retrocesso e isso foi entendido de forma unânime pela categoria. Deixamos as diferenças de lado e nos unimos em torno de bandeiras de luta comuns", disse Libório.

Fonte: JCAM

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