A greve de pouco mais de cem analistas tributários da Receita Federal no Estado do Amazonas, iniciada na terça-feira (26), tirou o sono dos grandes empresários do PIM e levou à indignação o presidente do Cieam, Wilson Périco, que não descarta apelar à via judicial diante dos prejuízos acumulados com a paralisação.

A greve foi desencadeada por dois dias em nível nacional com o objetivo de pressionar o Governo Federal a atender a categoria de analistas que reivindica melhoria salarial e não concorda com o reajuste de 27,9% em quatro anos oferecido pelo Palácio do Planalto. Um analista em início de carreira ganha R$ 9.256,42.

Périco se diz preocupado com a greve porque, ainda que ela se encerre hoje e não aconteça acordo com o governo, haverá o risco de nova paralisação, o que seria altamente prejudicial ao PIM, que ficaria sem insumos. Até ontem não havia atendimento ao contribuinte. Os serviços pararam nas alfândegas e inspetorias, como despachos de exportação, conferência física, trânsito aduaneiro, embarque de suprimentos, vigilância aduaneira, entre outros.

Na contramão de Périco, o delegado do Sindicato dos Analistas Tributários da Receita Federal do Amazonas (Sindireceita/AM), Moisés Boaventura Hoyos, defende o movimento e um reajuste salarial que releve perdas registradas desde 2010, pois os salários da categoria estão defasados em mais de 30%.

A redução nas bandeiras tarifárias amarela e vermelha, anunciada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para vigorar a partir de fevereiro, não contempla os consumidores amazonenses.

O valor da bandeira amarela cairá de R$ 2,50 para R$ 1,50 para cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos, implicando em uma redução de 40%. Contudo, o benefício não alcança o Amazonas cuja população ficará com a parte salgada da política tarifária da Aneel.

Sob o comando de Thomaz Nogueira, titular da Secretaria de Planejamento, o Grupo de Trabalho nomeado pelo governador José Melo para cuidar dos investimentos chineses no Amazonas, da ordem de US$ 1 bilhão, está em franca atividade.

O Grupo já articula a participação do Amazonas, em setembro, em uma feira de exposições na China para mostrar a 30 países asiáticos a pujança dos recursos naturais do Estado e as vantagens que eles terão investindo na região.

O imenso aporte de recursos que virá da China garantirá a execução de vários projetos arrojados de José Melo para impulsionar o PIM e realizar uma verdadeira revolução no setor primário do Estado.

Os volumosos investimentos vão criar uma nova matriz econômica no Estado, contemplando, por exemplo, a produção de peixes em cativeiro, mineração, farmacopéia e cosméticos.

Melo se diz super otimista com as perspectivas geradas pelos chineses que farão jorrar uma fábula de recursos também em projetos de conclusão da Cidade Universitária da UEA em Iranduba, além de obras de duplicação da rodovia AM-010 e construção de um porto em Itacoatiara.