O comércio de materiais de construção, vestuário, calçados e alimentos está desabastecido com a greve dos servidores da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa), que hoje completa 31 dias. A situação levou a Federação das Câmaras dos Dirigentes Lojistas do Amazonas (FCDL-AM) a entrar com uma ação na Justiça Federal para pedir e liberação de, pelo menos, 30% das mercadorias dos comerciantes, como fez a indústria.

De acordo com o presidente da entidade, Ezra Azury, o mandado de segurança, caso seja favorável aos empresários, beneficiará exclusivamente os 4 mil associados da federação. O dirigente desabastecimento comprometerá as vendas do comércio nos meses de março e abril. Somente na primeira quinzena deste mês, as perdas já chegam a quase 20%.

“Se analisarmos a questão dos ovos de Páscoa, vamos perceber que só agora eles estão chegando nas lojas. Geralmente esses produtos desembarcam com uma antecedência de 50 dias, então os lojistas terão pouco tempo para vender. Esse mês de março será ruim para o comércio, sem chance de recuperação, simplesmente por falta de abastecimento”, disse Azury.

Empregos

O empresário destacou, ainda, que o segmento de material de construção também sofre com a falta de produtos básicos nas lojas. Para Azury, a situação poderá prejudicar a geração de novos empregos no comércio. “Ninguém contrata com venda baixa. O que deve acontecer é um adiamento nas contratações para o Dia das Mães. Outros setores que estão sofrendo são o de vestuário, visto que as peças das novas coleções não chegaram, e o de informática”, completou.

O presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Materiais de Construção (Simacon), Aderson Frota, confirmou que o abastecimento é uma realidade das lojas no segmento, mas disse que ainda é cedo para calcular prejuízos.

Fonte: Portal D24am.com