25/02/2014
Ao G1, Périco afirmou que os impactos da greve sobre o mercado não afetam o preço dos produtos, mas o estoque. "O consumidor, por enquanto, sente o impacto do comércio. Os produtos importados não conseguem ser liberados por conta da paralisação das atividades dos funcionários da Suframa", disse.
Na avaliação do presidente da Cieam, a falta de trabalhadores para a liberação de importações afetará a produção local em breve. Segundo ele, pode chegar o momento em que o consumidor não encontrará alguns produtos. "O que é produzido em Manaus não vai ser feito, porque depende de peças importadas e, se não são liberadas, não tem como finalizar o produto", explicou.
Sobre a paralisação dos funcionários, Périco avaliou a greve como um "pleito legítimo". Para o presidente do Cieam, o maior impacto a ser evitado é o confronto com os trabalhadores. "Nossa vontade é que haja consenso entre o Governo Federal e a categoria. A situação deles deve ser o foco", disse.
Funcionários de cinco estados - Amazonas, Acre, Rondônia, Roraima e Amapá - já aderiram à paralisação. O presidente do Cieam afirmou que reuniões com o Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) buscam um acordo. "O pleito já foi encaminhado para analisar as questões orçamentárias", contou.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Funcionários da Suframa (Sindframa), Estenio Ferreira, a greve continuará por tempo indeterminado até a categoria conseguir abrir diálogo com a administração da Suframa. "As linhas de produção devem parar mesmo. Não tivemos resposta até agora do Ministério e as negociações estão sem movimentação", destacou.
Ferreira informou ainda que cerca de 50 funcionários vão diariamente à sede da Suframa, localizada na Avenida Governador Danilo de Matos Areosa, Distrito Industrial, para solicitar respostas às reivindicações. "Continuaremos com as idas diárias ao órgão para procurarmos o diálogo com a Suframa", ressaltou.
A assessoria da Suframa informou que o superintendente da autarquia, Thomaz Nogueira, tem realizado videoconferências com o Ministério para discutir a situação da greve e buscar soluções para o impasse.
Fonte: G1.com