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Greve dos servidores Suframa só termina se o Congresso derrubar veto de Dilma, diz sindicato

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12/06/2015

A greve dos servidores da Suframa, deflagrada em 21 de maio, com prejuízos à indústria da Zona Franca de Manaus estimados em R$ 350 milhões/dia, poderá ser encerrada sob uma condição: se o Congresso Nacional derrubar o veto da presidente Dilma Rousseff que excluiu da Medida Provisória 660/2014 a emenda do reajuste de salários e plano de carreira dos 730 servidores da autarquia. A sessão conjunta da Câmara dos Deputados e do Senado, que vai analisar seis vetos presidências, está marcada para a próxima terça-feira (16) às 19h.

A condição para o fim da greve foi imposta ontem pelo presidente do Sindicato dos Funcionários da Suframa (Sindframa), Anderson Belchior, após a audiência pública na Comissão de Integração Nacional, Desenvolvimento Regional e da Amazônia (Cindra), da Câmara dos Deputados. O sindicato não aceitou a contraproposta do Ministério do Planejamento, fruto de um acordo feito com a bancada parlamentar do Amazonas pelo ministro Nélson Barbosa: contemplar a questão salarial dos servidores na proposta orçamentária de 2016 que chega ao Congresso Nacional até o fim de agosto.

Questionado sobre uma contraproposta imediata para fazer os servidores da Suframa voltar às atividades, o secretário de Relações de Trabalho no Serviço Público, do Ministério do Planejamento, Sérgio Mendonça, descartou tal negociação. "Veja que estamos falando em junho e a proposta de orçamento de 2016 chega em agosto. Acho que seria razoável que houvesse a compreensão dos servidores para pôr fim à greve já que há esse compromisso de o Governo encaminhar essa solução", declarou Mendonça.

Fazendo coro com o secretário do Ministério do Planejamento, o superintendente interino da Suframa, Gustavo Igrejas, bastante preocupado com a paralisação das atividades da autarquia assim como com a baixa remuneração dos servidores, pediu sensibilidade para encerrar o movimento grevista. "Com essa promessa do Governo, espero uma sensibilização e que haja uma negociação entre os servidores e o Ministério para chegar a um bom termo em 2016. Seria importante, nesse momento atual da Suframa", apelou Igrejas.

O presidente do Sindframa, Anderson Belchior, foi irredutível em relação à proposta do Ministério do Planejamento. Disse que não acredita nas promessas do Governo que vem "enrolando" a categoria nos últimos três anos. "A greve só termina quando o Congresso derrubar o veto. Se não ocorrer, a paralisação continua", sentenciou.

Mudanças

Além da promessa de reestruturação na carreira e salários dos servidores, os Ministérios do Planejamento (Mpog) e da Indústria e Comércio (Mdic) vão realizar mudanças na Suframa. Os representantes do Governo falaram em aperfeiçoamento da instituição, meta de gestão, recuperação de recursos e eficiência na aplicação. Essas mudanças acontecerão em comum acordo com os técnicos e Governos dos Estados da Amazônia Ocidental. Foi descartada, nesse momento, uma intervenção federal ou transformação da Suframa em uma Agência Executiva.

Bancada se articula


A audiência pública para discutir a situação da Suframa e a greve dos servidores mobilizou cinco dos oito deputados federais do Amazonas. Autor do requerimento, o deputado Pauderney Avelino (DEM-AM), que presidiu a reunião, pressionou o secretário do Ministério do Planejamento, Sérgio Mendonça, para explicitar o compromisso feito pelo ministro Nélson Barbosa com a bancada parlamentar (incluir na lei orçamentária de 2016 o reajuste dos servidores da Suframa) e prometeu articular a derrubada do veto da presidente Dilma Rousseff.

"O Executivo é forte, mas o Congresso Nacional também é forte, e, se as reivindicações não forem atendidas, vamos derrubar o veto da presidente Dilma", prometeu Pauderney. O deputado Arthur Bisneto (PSDB-AM) e o deputado Silas Câmara (PSD-AM) afirmaram que bancada amazonense tem se esforçado da defesa dos servidores da Suframa, mas o Poder Executivo não tem demonstrado interesse na solução do problema.

"Grupo de trabalho me cheira a enrolação", afirmou Bisneto. Os deputados Átila Lins (PSD-AM) e a deputada Conceição Sampaio (PP-AM) também pediram uma solução para o problema que já se arrasta desde o ano passado.

Fonte: Portal Acrítica.com.br

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