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Greve de auditores causa falta de matéria-prima e paralisa produção no PIM

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17/02/2022

Fabricantes do Polo Industrial de Manaus (PIM) interrompem operações nas linhas de produção e registram atrasos na programação fabril por falta de material. As cargas estão sendo liberadas em prazos mais prolongados devido ao movimento de auditores fiscais da Receita Federal e do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), que reivindicam reestruturação de carreira, em movimento nacional.

O presidente do Centro da Indústria do Estado do Amazonas (Cieam), Wilson Périco, afirma que o setor industrial sente os reflexos dos movimentos reivindicatórios do funcionalismo público federal. Isso, porque as empresas dependem da liberação de insumos fornecidos por meio de cargas que passam, obrigatoriamente por fiscalização, pela Receita Federal e pelo Mapa.

O prolongamento nas liberações ocasiona atraso no recebimento dos produtos e consequentemente, desajustes no cronograma das fabricantes.

“Além da operação padrão adotada pelos auditores fiscais da Receita Federal, enfrentamos o entrave do quantitativo insuficiente de auditores do Mapa. Essas situações têm impactado as indústrias, gerando atrasos e interrupções nas linhas de produção”, informou.

Segundo Périco, a alternativa em meio ao embate entre o funcionalismo público e o governo federal é tentar manter o diálogo com os auditores fiscais, de ambos os órgãos. Ele ainda disse que não há como estimar os prejuízos das indústrias, em números.

Liberações mais céleres

De acordo com o vice-presidente do Sindfisco Nacional no Amazonas e coordenador regional do Comando de Mobilização, Marcos José de Souza Neto, as fabricantes Moto Honda da Amazônia e Samsung Eletrônica da Amazônia recebem os insumos em tempo célere porque integram a categoria Operador Econômico Autorizado (OEA).

As demais cargas estão sendo liberadas com demora cinco vezes superior ao período normal de liberação, ocasionando as interrupções nas linhas de produção.

Mapa tem déficit de 1,6 mil profissionais

O Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais Federais Agropecuários (ANFFA Sindical) informou que a categoria trabalha com déficit de 1.620 auditores fiscais agropecuários. Conforme o sindicato, os auditores em atuação cumprem os prazos regimentais trabalhando por oito horas diárias, sem horários estendidos.

O ANFFA ainda informou que a categoria está priorizando a liberação de cargas vivas, a fiscalização de bagagens de passageiros e de animais (pet), produtos perecíveis e o diagnóstico de doenças e pragas, evitando o comprometimento de programas de erradicação e controle de doenças.

Texto: Priscila Caldas

Fonte: Real Time 1

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