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Greve da Suframa trava Polo Industrial de Manaus e reduzirá investimentos

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25/02/2014

A greve dos servidores da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa), que começou na última quarta-feira, interrompeu a análise dos processos e a liberação de insumos para o Polo Industrial de Manaus (PIM) e deverá reduzir a pauta da próxima reunião do conselho que autoriza os incentivos. Para o Centro da Indústria do Estado do Amazonas (Cieam), a paralisação poderá trazer prejuízos estimados em R$ 300 milhões diários para as empresas.

De acordo com o consultor econômico Francisco de Assis Mourão, a apreciação dos projetos das empresas está travada. “Parou toda a análise de projetos”, observou o economista, ao apontar os prejuízos da greve e afeta até os pedidos de novas áreas para implantação de empresas. “Mesmo que, precariamente, o sistema tem que funcionar, nem que sejam apenas os setores de serviços essenciais”, disse.

A autarquia é responsável pela gestão dos incentivos fiscais da Zona Franca e avalia o cumprimento dos Processos Produtivos Básicos (PPBs), que são as etapas mínimas exigidas para que as empresas obtenham os benefícios, além da avaliação dos projetos de implantação, diversificação e ampliação da indústria. Outra função é a liberação das mercadorias. Até o fechamento da reportagem, a Suframa não deu retorno das solicitações.

Para o presidente do Conselho Regional de Economia (Corecon/AM), Marcus Evangelista, a falta de análise de processos deverá retirar da próxima reunião do Conselho de Administração da Suframa (CAS) alguns projetos industriais. “ Isso gera um atraso na aplicação do investimento e atrasa quem quer se instalar logo no PIM”, disse. “Todas as fábricas instaladas são afetadas, assim como os novos investimentos”, observou. “Não sou contra a greve, mas fica a preocupação”, pontuou.

O presidente do Sindicato dos Servidores da Suframa (Sindframa), Anderson Belquior, admitiu que os servidores em greve não estão fazendo análise de nenhum projeto industrial, pois a atividade não é configurada como serviço essencial. A exceção é para internamento e liberação de medicamentos, materiais médicos e hospitalares e alimentos de primeira necessidade.

De acordo com o sindicalista, a greve não afetará os investimentos que estão sendo reduzidos pelo menor número de projetos, a seu ver, resultado da falta de atrativos do PIM. “Isso não tem nada a ver com a greve da Suframa”, salientou. Para o sindicalista, a adesão é de 100% dos 400 servidores.

Os empregados pedem o realinhamento da tabela salarial de acordo com o órgão federais e mais infraestrutura para as unidades descentralizadas da autarquia, localizadas em quatro Estados da Região Norte. De acordo com o sindicato, enquanto um analista de projetos ganha R$ 4,5 mil na Suframa, a mesma função exercida no Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic) paga R$ 13 mil mensais.

Fonte: Portal D24am.com

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