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Greve da Receita Federal pode gerar desemprego no PIM, alerta Cieam

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19/01/2022

O presidente do Centro das Indústrias do Amazonas (Cieam), empresário Wilson Périco, teme o aumento do desemprego no Amazonas com a greve de auditores fiscais da Receita Federal. A declaração foi dada nesta terça-feira (18) em entrevista ao RealTime1 sobre um recente encontro do empresário com auditores fiscais.

Segundo Wilson, a liberação dos insumos e produtos de empresas do Polo Industrial de Manaus (PIM) está ocorrendo de forma lenta e impactando diretamente no armazenamento.

“A liberação vem ocorrendo em ritmo bem lento, pois eles [auditores fiscais] estão utilizando o que eles chamam de ‘operação padrão’ – com o mínimo de contingente obrigado pela legislação tralhando na atividade”, conta Wilson.

Segundo o presidente da Cieam, esse modelo de trabalho traz impacto ao PIM. “Há demora na liberação de insumos, mais custo para as indústrias por conta do período de armazenagem e o risco de as empresas terem a necessidade de reprogramarem os seus compromissos e afetarem o emprego no Amazonas”, avalia Wilson Périco.

‘É cedo para estimar prejuízo’

Questionado sobre os prejuízos para as indústrias e o setor de emprego e renda, ele enfatiza que é difícil dizer quantos empregos podem ser afetados, mas o risco de desemprego existe.

Já os prejuízos para as indústrias, Périco diz que ainda não há estimativa porque somente agora é que as empresas estão retornando às atividades no PIM.

“Semana passa e essa agora é que as empresas estão voltando às atividades. O que me preocupa é que isso já está surtindo impacto nessas empresas que estão retornando. Tenho recebido algumas reclamações das dificuldades por conta da Receita Federal e agora somam-se a isso a questão da agricultura que está com servidores afastados por conta da contaminação pela Covid-19”.

Reunião tratou sobre o impacto da greve em toda a ZFM

Wilson ressalta que a reunião, realizada esta semana com os auditores fiscais, não ocorreu para mostrar que o Cieam é contra ou a favor do movimento, mas sim falar sobre o impacto da greve na atividade produtora.

“Não estamos falando só da indústria, mas sim de tudo que há na Zona Franca de Manaus, principalmente com olho nos empregos porque essa situação veio em um momento muito ruim, em que as indústrias estão tentando se planejar depois do final de ano e agora enfrentando essa nova onda da pandemia de Covid-19.

Greve impacta o escoamento de diversos insumos pelo Brasil

O movimento dos auditores, que teve início no dia 23 de dezembro de 2021 e no dia 3 de janeiro deste ano paralisou carretas nas fronteiras brasileiras, como em Pacaraima no norte de Roraima e fronteira com Venezuela; pleiteia o pagamento de uma gratificação associada à produtividade, que não foi incluído no orçamento aprovado pelo Congresso, como prometido pelo Ministério da Economia.

Na primeira semana do ano de 2022, pelo menos 750 carretas aguardavam liberação na alfândega da Receita Federal em Pacaraima, para dar continuidade ao transporte de cargas.

A liberação dos veículos que escoam insumos diversos ao país ocorre lentamente por conta da greve dos auditores fiscais, em reivindicação ao reajuste salarial.

Texto: Isac Sharlon

Fonte: Real Time1

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