06/02/2014
Ao todo, cerca de 400 funcionários poderão paralisar as atividades, sendo 250 alocados em Manaus e mais 150 distribuídos pelas unidades descentralizadas da Suframa – sediadas nas cidades de Macapá, Porto Velho, Rio Branco e Boa Vista.
A data da paralisação foi definida com duas semanas de antecedência para que haja tempo suficiente de comunicar oficialmente todos os envolvidos (governos, prefeituras, entidades de classe patronais) e coincide com as comemorações de 47 da autarquia – que acontecem no próximo dia 28.
Além do aniversário, outras questões colocam a Suframa no centro dos debates políticos em 2014 como eleições presidenciais e estaduais, concurso público em andamento, prorrogação do modelo em discussão em jogo. Diante deste cenário, e considerando a importância da autarquia para a economia do Estado, Stênio Ferreira acredita em uma rápida negociação para resolver o impasse.
“A administração e pessoas que mantinham contato com a gente se omitiram de repente. E nós chegamos ao nosso limite. Se nos convidarem para uma negociação a gente aborta a greve; se não houver abertura vamos até onde der. Mas acredito que esta é uma questão muito séria e por isso não deve tomar grandes proporções. Acreditamos em uma negociação rápida”, avaliou o sindicalista.
A principal reivindicação dos servidores da Suframa é com relação aos salários. Desde 2009 eles estão tentando, sem sucesso, ajustar o plano de cargos e salários. Além disso, há também cobranças por uma maior atenção em relação às unidades descentralizadas, por um sistema de restaurante para os trabalhadores e reclamações em relação à falta de diálogos entre a superintendência e sindicato.
“Não existe diálogo. Se houvesse diálogo entre os servidores e a administração nós não teríamos chegado a essa decisão”.
Procurada pelo Jornal do Commercio, a Suframa informou, por meio de assessoria, que “a superintendência ainda aguarda a comunicação oficial do Sindicato sobre o assunto” para se pronunciar. Ao mesmo tempo, negou a falta de abertura, lembrando que, na paralisação do ano passado, o superintendente se manifestou dizendo que: "Respeito a autonomia das organizações sindicais e não me cabe discutir suas decisões. No entanto, é preciso esclarecer que o canal de diálogo está aberto".
Em caso de paralisação total da Suframa, serão interrompidos também os serviços de liberação de insumos para a indústria e de mercadorias para o comércio.
Fonte: JCAM