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Governo promete anunciar boas novas para a indústria no dia 25

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16/05/2023

São Paulo – O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, afirmou que em 25 de maio, Dia da Indústria, o governo anunciará “boas novas para o setor” sem especificar quais seriam. Foi durante a abertura do Fórum Paulista de Desenvolvimento em São Bernardo do Campo, SP, onde ele falou sobre a necessidade da reforma tributária e do fortalecimento do comércio exterior na América Latina.

Nos últimos dias comitivas de montadoras passaram por Brasília, DF, para reuniões com representantes do MDIC. Preocupadas em preencher a ociosidade de 47% frente à capacidade de produção de 4,5 milhões de veículos e em vender mais, a fim de abreviar medidas como layoff e a redução de salário e jornada, as empresas, sem a mediação da Anfavea, que não participa destas negociações com o governo, expuseram individualmente suas propostas e seus anseios.

A expectativa do setor é que, em um primeiro momento, o anúncio envolva a indústria como um todo, o que abrange a cadeia automotiva – empresas que não dispõem de ferramentas de manutenção de emprego –, e não algo específico para as empresas fabricantes de veículos. Ou seja: o governo deverá mexer nos impostos e, quem sabe, anunciar regra que crie financiamento mais acessível. O que poderá envolver também o uso do saldo do FGTS para a aquisição d veículos 0 KM, segundo informou reportagem publicada pela Folha de S. Paulo no fim de semana.

Como efeito colateral o preço dos veículos poderá ficar menor e o acesso a eles mais simples. A ideia é seguir atendendo às questões ambientais e às da segurança veicular, sem retroceder no que já foi estabelecido e incorporado aos automóveis. A pedido das montadoras o governo deverá evitar a expressão “carro popular”, substituída por “carro de entrada”.

Independentemente da expectativa criada em torno do anúncio, principalmente por parte do setor automotivo, em entrevista durante seminário do Sindipeças, no fim de abril, Margarete Gandini, diretora do departamento de desenvolvimento da indústria de alta-média complexidade tecnológica do MDIC, admitiu que o governo estava discutindo a volta do carro popular, chamado de carro verde de entrada, e que começou a fazer simulações internas de CO2.

Ressaltou, entretanto, que era preciso conseguir modelagem factível para transformar a ideia em projeto, e que isto contaria com informações das montadoras, que foram consultadas. Assinalou que não adiantaria ter um carro mais barato se não houvesse financiamento para adquiri-lo, até porque a camada da população que compraria esse veículo precisa de crédito – um desafio para tempos de Selic a 13,75% ao ano e inadimplência em mais de 5%.

Em conversa com AutoData Bruno Hohmann, vice-presidente comercial da Renault do Brasil, afirmou que o veículo da marca que atende à proposta do carro verde é o Kwid, que já é seu carro de entrada e com menor emissão de CO2, segundo ele, com eficiência energética elevada, igual à dos híbridos.

E que a ideia não é reduzir itens de série, como ar, direção, vidros e travas elétricos, rádio, quatro airbags, controle de estabilidade e controle de rampa, mas diminuir o seu preço com base no benefício concedido pelo governo. Com isto o consumidor que migrou para o usado poderá voltar a comprar o novo.

Frente a essa expectativa a Volkswagen suspendeu o layoff em Taubaté, SP, prorrogando sua entrada em vigor em um mês, para 1º de julho. De acordo com o Sindicato dos Metalúrgicos de Taubaté e Região isso se deveu à sinalização do governo acerca de novo programa para o setor automotivo, que poderá contemplar o carro de entrada.

Papo no ABC Paulista

Em reunião com representantes da Volkswagen, da Mercedes-Benz e da Scania, que precedeu o evento em que Alckmin prometeu o anúncio de boas novas ao setor, o prefeito de São Bernardo, Orlando Morando, contou que o objetivo foi debater ações para devolver o protagonismo ao ABC Paulista e aquecer a venda de veículos, o que inclui medidas que tenham como foco os veículos de entrada.

Morando defendeu que é importante que o benefício anunciado no dia 25 atinja também pessoas jurídicas, que atualmente são os maiores compradores de veículos do País: “Não adianta criar veículo popular e reduzir tributos apenas para pessoas físicas. Também pleiteamos subsídios em juros especialmente para financiamentos de veículos pesados, cuja indústria teve uma queda de 40% na comparação com o ano passado, além da volta do Finame”.

Nova fase do Rota 2030 foi prometida para fim do primeiro semestre

A nova fase do Rota 2030 deverá ser anunciada até o fim de junho. Calcada em descarbonização e inovação terá nova meta de eficiência, do poço à roda, ou seja, o ciclo completo do uso do combustível, e não somente do tanque à roda.

“Apresentaremos nossas metas em termos de descarbonização e de pesquisa e desenvolvimento. A partir daí como as empresas farão, como alcançarão as metas, cada montadora é que decidirá”, afirmou Margarete Gandini. “Afinal não é o governo que determina a tecnologia utilizada: é o mercado.”

Este foi o pleito da GWM durante visita de Alckmin à fábrica de Iracemápolis, SP, onde a partir de maio de 2024 terá início sua produção. Na oportunidade seu diretor de relações institucionais e governamentais, Ricardo Bastos, pediu que o governo olhasse com mais atenção à questão da descarbonização, o que passa pelo anúncio da nova fase do Rota 2030.

Gandini havia citado, ainda, que, outro ponto que deverá sair do papel até o fim de junho é o Renovar, dedicado à renovação da frota de pesados mas que poderá ser estendido também à dos leves, conforme proposta do ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

Fonte: AutoData

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