07/08/2013
O trajeto de 1.600km entre Manaus e Iquitos, no Peru, através do rio Solimões, dura oito dias, com uma velocidade média de navegação de 15km/hora. As embarcações poderiam seguir através de hidrovias e rodovias peruanas até os portos de Paita (Peru), Tumaco e Esmeralda (Equador), no oceano Pacífico (ver quadro). Seriam pelo menos 15 dias de economia entre Manaus e a China, por exemplo, rota feita atualmente pelo oceano Atlântico através do Canal do Panamá. A ideia de integrar o Amazonas ao Peru nasceu em 2000, durante a reunião de presidentes na Iniciativa Rodoviária Sulamericana (IRSA), mas nunca saiu do papel.
A rota comercial facilitaria a exportação de bens manufaturas da Zona Franca aos países sulamericanos, bem como a importação de insumos e produtos asiáticos, pois reduziria o tempo de trânsito e os custos com frete das mercadorias, destacou o consul. Ao Peru, interessa vender para o Brasil bens finais e produtos agrícolas.
Comércio bilateral
O Consulado do Peru está organizando uma visita de empresas peruanas à Feira Internacional da Amazônia (Fiam). “Queremos é que os empresários conheçam as possibilidades de que possam desenvolver, através de missões e visitas comerciais que se estabeleçam os negócios. Como representante do Ministério de Relações Exteriores do Peru, minha obrigação é abrir as portas para as autoridades e setor privado possam conhecerem (a proposta)”, disse Rivoldi.
Para o presidente da Associação Comercial do Amazonas (ACA), Ismael Bicharra, precisa haver investimentos da iniciativa privada, como aconteceu com o Canal do Panamá. Embora mais demorado, o transporte fluvial-marítimo é considerado o modal mais barato e com maior capacidade de carga que os demais.
O comandante do 9º Distrito Naval, Almirante Domingos Sávio de Almeida Nogueira, contou que a Marinha já deu início ao trabalho de cartografia e sinalização dos rios Negro e Solimões, com a chegada de novos navios de aviso hidrocenográfico fluvial. Além disso, seria necessário ainda colocar sinalização nos rios como balizas (hastes de metal fincadas) e faroletes para tornar a navegabilidade mais segura.
Fonte: Jornal A Crítica