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'Governo Federal não respeita o desenvolvimento regional, mas a ZFM manda 9 bilhões para o Tesouro Nacional', critica Wilson Périco

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23/07/2015

Em vídeo/entrevista concedida ontem ao PORTAL DO ZACARIAS, o presidente do Centro da Indústria do Estado do Amazonas (Cieam), Wilson Périco, desancou o Governo Federal a quem acusou de “não respeitar o desenvolvimento regional” e de prejudicar o Amazonas com sua nefasta política de contingenciamento dos recursos gerados pela Zona Franca de Manaus.

Conhecido por seu estilo direto e franco, Périco afirmou ao PORTAL DO ZACARIAS não ver perspectiva sobre qualquer boa novidade no segundo semestre deste ano que possa dar alento à crise político-econômica vivida pelo País, com reflexos terríveis às receitas estaduais e municipais e resultando em sérios prejuízos sociais à população.

O líder empresarial cada vez mais se indigna com a forma com que o governo Dilma trata o modelo ZFM, sem dar a mínima aos clamores dos setores que defendem o descontingenciamento de bilhões de reais que anualmente engordam o Tesouro Nacional. Como esses bilhões não retornam à Suframa, o Estado não consegue construir a infraestrutura logística de que o PIM precisa para resolver suas demandas e melhor intercambiar seus produtos com outros centros econômicos.

“Está bem claro que o modelo ZFM continua sendo solução para o Brasil, pois a maior renúncia fiscal do País, da ordem de 43%, é promovida pela região Sul e não pelo modelo amazonense. Na verdade, enquanto o governo manda 2 bilhões de reais pra cá de recursos compulsórios todo ano, a ZFM manda 9 bilhões para o Tesouro Nacional”, desabafa ele, indignado com a insensibilidade federal em relação ao Estado e ao modelo.

A íntegra do vídeo/entrevista com Wilson Périco será postada no próximo final de semana no PORTAL.

Proteção ao Emprego

As regras estabelecidas para o Programa de Proteção ao Emprego (PPE) foram lançadas e já despertam polêmica. Para fazer parte do PPE, uma das exigências é a de que as empresas se ajustem ao chamado Indicador Líquido de Emprego, calculado com base nas demissões e admissões acumuladas nos 12 meses contados a partir do mês anterior ao de solicitação de adesão ao programa.

As empresas que quiserem aderir ao PPE precisam ter o indicador de até 1%. Ou seja, se ela contratou, em 12 meses, 100 trabalhadores e demitiu no mesmo período 120 empregados, estará com geração de emprego formal negativa de 20 postos de trabalho.

Dividindo este déficit de emprego por mil (estoque de trabalhadores na empresa em 12 meses) se chegará ao percentual de empregos gerados no período de 2%. Esse indicador possibilitaria a empresa se credenciar-se no PPE.

Remédio para amenizar crise

Para ser aceita no PPE, a empresa precisa demonstrar regularidade fiscal, previdenciária e relativa ao Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e firmar acordos coletivos sobre as jornadas e os salários com os sindicatos que representam os trabalhadores.

Em Manaus, líderes empresariais veem o programa como um remédio que vai ajudar a amenizar a crise no PIM e conter o processo de demissões.

As empresas integrantes do PPE ficam proibidas de dispensar arbitrariamente, ou sem justa causa, os empregados que tiverem a jornada de trabalho temporariamente reduzida enquanto vigorar a inscrição no programa e, após seu término, durante o prazo equivalente a um terço do período de adesão.

Fonte: Portal do Zacarias

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