05/07/2016
O ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, disse há pouco que o governo interino do presidente Michel Temer ainda tem dúvidas sobre as formas de arrecadação na elaboração da meta fiscal para 2017.
"Temos ainda muitas dúvidas sobre o lado da receita, em particular sobre a arrecadação da repatriação [de recursos provenientes do exterior]. Então, não há nenhuma folga. Temos trabalhado de maneira muito cautelosa e realista", afirmou ele, ao responder se o governo havia afrouxado o orçamento federal por conta do reajuste de 12,5% no Bolsa Família e aumento nos salários dos servidores públicos.
O ministro esteve nesta tarde em almoço na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), onde foi recebido por empresários para discutir o orçamento e concessões na área de infraestrutura e logística. Além do presidente da Fiesp, Paulo Skaf, participaram ainda o presidente da Embraer, Frederico Curado, e da Comgás, Nelson Roseira Gomes Neto, auxiliares do Planejamento, entre outros.
Agora, ele está a caminho de Brasília onde vai discutir, junto ao presidente Temer e demais auxiliares, a meta fiscal do próximo ano. Oliveira disse que o governo deve anunciar a meta nesta quarta-feira (6).
Segundo Oliveira, é preciso um orçamento que passe confiança ao mercado e aos investidores. "É preciso que não haja nenhuma dúvida de que o que será apresentado amanhã é uma meta realista, factível e que trará, para os agentes econômicos todos, não só o mercado financeiro, mas também os investidores industriais, a certeza de que o país tem uma programação fiscal saudável, que terá, no longo prazo, uma trajetória de dívida estabilizada e financiável sem problemas".
Fonte: DCI