17/04/2014
Segundo explica o diretor técnico e comercial da Cigás, Clóvis Corrêa, atualmente a companhia possui 48 km de rede em operação e deve aumentar em 68 km nesses próximos três anos. “Nessa primeira fase vamos fazer mais 28 km de rede. Até o final de 2015 vamos aumentar em mais 75 km toda tubulação que tem hoje implantada em operação. Essa tubulação vai permitir o atendimento a todos os segmentos de mercado que cobrem o DI”, explica.
Ao todo, nessa segunda fase do projeto que começou em novembro de 2013 foram investidos R$ 43,8 milhões. Até 2016 serão R$ 104,4 milhões investidos. Ao todo, os investimentos da companhia chegarão a mais de R$ 240 milhões. Atualmente a companhia atende 11 termoelétricas, 12 indústrias do Polo Industrial, três postos de gasolina, com o GNV (Gás Natural Veicular) além de dois estabelecimentos comerciais. A estimativa é de que até 2016 o gás natural seja levado para 94 clientes.
O presidente da Cigás, Lino Chíxaro, comenta que a aparente demora da companhia para atender o segmento industrial se deve muito ao planejamento traçado. “Como a prioridade inicial foi a mudança da matriz energética, nós priorizamos o setor elétrico e esse setor ainda não deu toda resposta, tanto que parte considerável do consumo de Manaus ainda não é a gás. Mas isso não impediu a empresa de modificar sua estratégia e buscar atingir agora o setor industrial. Isso não apenas leva gás para o consumo das empresas, mas muda economicamente o padrão de custo das empresas do DI”, explica.
Para o presidente do Cieam, Wilson Périco, a migração das indústrias para utilizar o gás natural não deve apresentar uma adesão tão grande como vem sendo esperado pela Cigás. “Tem algumas vantagens, principalmente ambientais, que são muito superiores na questão do diesel. Mas hoje você tem toda uma infraestrutura para uma realidade que é o diesel. Você teria que fazer toda uma transformação dessa realidade e investimentos para fazer adaptação dos duplos geradores e dos produtos para utilizar o gás e isso não se viabiliza. Não vejo mudanças em curto e médio prazo não”, destaca.
Comércio e residências
A partir de 2016, a companhia pretende iniciar uma nova etapa e estender o gás natural para o comércio. Clóvis Corrêa destaca que já está sendo feito um levantamento dos investimentos necessários. “Inicialmente os estudos apontam que o processo se iniciaria na região do Vieiralves, por conta da densidade de edificações verticalizadas e na sequência atendendo todos os demais consumidores. Será um processo longo, mas poderemos e pretendemos atender residências também”.
O diretor técnico e comercial da Cigás explica que o processo é demorado para que não impacte no custo da tarifa. “Qualquer consumidor é análise de valor de investimento. Senão, impacta na tarifa. Todo cuidado em uma regulação de concessão tem que ser observado para evitar um problema de tarifa. Por isso, a população tem a impressão de que não está avançando. Mas está”, disse.
O presidente da Cigás, Lino Chixáro, destaca a economia que as mudanças trarão para os consumidores. “Com o gás chegando às residências trará economia. O consumidor irá dispor de um custo menor e isso facilitará a economia familiar. Segundo estudos técnicos, haverá uma variante de 30% de redução, podendo chegar a mais”, comenta.
No comércio a companhia atende atualmente o shopping Ponta Negra e possui um contrato assinado com uma lavanderia no Distrito Industrial. “A expectativa é de ir aumentando essa oferta na medida em que a rede for se estendendo. Mas o foco para o comércio será só a partir de 2016. Por enquanto, terão alguns comércios e postos de gasolina que passem pelas áreas”, completa.
Fonte: JCAM