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Gargalo logístico ainda é barreira ao crescimento

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04/10/2018

Notícia publicada pelo Jornal do Commercio

Com as obras paradas por falta de licenciamento ambiental, o descaso com a liberação da BR-319 é tratado como principal empecilho que emperra a cadeia produtiva da Zona Franca de Manaus e parte da região Norte do país. O entrave que limita a logística do Estado, tem sido uma das principais bandeiras levantadas por candidatos, mas para representantes de algumas entidades, os discursos precisam dar lugar a prática. Para atrair a indústria o problema logístico do Amazonas precisa ser resolvido e o principal gargalo é a falta de estrutura de pavimentação da BR-319, explica o incidente da Eletros (Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos), José Jorge Júnior.

"A BR-319, é a verdadeira integração de Manaus com o resto do país. Por uma visão míope de que pode casar desmatamento a pavimentação está inviabilizada". O problema de fiscalização do Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) é mais um fator apontado por José Jorge envolvendo a questão "A fiscalização da chegada dos produtos precisa ser mais massiva. O Estado precisa, no mínimo, de vinte fiscais, hoje só possui cinco", disse José Jorge ao destacar que não adianta ter Scanner, plataforma estrutura hard, se não existe uma quantidade expressiva de fiscais.

Celeridade

"São 600 indústrias que poderiam estar utilizando a estrada. Mas por uma visão míope existe essa in-viabilidade. A celeridade na entrada e saída de produtos, bem como a melhoria da situação dos portos reduziriam os custos de logística, estas são algumas das vantagens se o trecho fosse liberado". Ele acredita que o atual momento de indefinição política atrapalha a resolução desses problemas. "São demandas que trabalhamos há al-gum tempo e dependem muito do poder público. A questão da estrada, por exemplo, é uma decisão que cabe aos próximos governos do Estado e federal, concluiu.

Reflexos

No ponto de vista do gerente-executivo do CIN-AM (Centro Internacional de Negócios do Amazonas), Marcelo Lima, a falta de empenho e a má vontade de muitos que tiveram 'a faca e o queijo na mão' e nada fizeram, é apontado como um dos grandes reflexos para a rodovia ainda está empacada. "Todos têm sua parcela de culpa, governos, órgãos, ministros. Isso se posterga há anos é bem difícil acreditar num avanço para solucionar o problema da BR-319", avaliou Lima, destacando a necessidade da liberação da rodovia para o favorecer a implantação da agroindústria na área de Humaitá. "Precisam entender definitivamente, se concluída vai facilitar a logística, resolveria a importação e daria um fluxo maior em função do tempo de comboio de Porto Velho a Manaus. Lembrando que sofremos problemas sérios em período de secas onde transporte fluvial é afetado", reforçou. Lima almeja que o futuro governo tenha olhos para a Amazônia e perceba que a necessidade de avançar nesse aspecto é indispensável para a região Norte e para o Brasil, ele conui logística é fundamental para o desenvolvimento".

Problema antigo

Na edição de terça-feira do Jornal do Commercio, o presidente do Cieam (Centro da Indústria do Estado do Amazonas) Wilson Périco, comentou sobre a limitação do Estado quando se pensa em logística. "O isolamento rodoviário não faz sentido algum, sendo um dos oito entes federativos que mais recolhem recursos do que recebem da União Federal, permanecemos isolados do resto do Brasil por via terrestre. Há duas décadas aguardamos a recuperação dessa conexão rodoviária da BR-319, construída pelo governo militar na década de 70".

Em outra declaração, Périco já havia afirmado que a falta de infraestrutura nas vias do Distrito Industrial, nos Portos e a BR-319, são condições básicas para a atração de investimentos para o Estado continuar crescendo e contribuindo com a região e com o país.

Reféns

Uma estrada em que já houve trafegabilidade e foi mal utilizada hoje está no centro de discursos falidos e demagogos, avalia o primeiro secretário do Setcam (Sindicato das Empresas de Agenciamento, Logística, Transportes Aéreos e Rodoviários de Cargas do Estado do Amazonas), Raimundo Augusto de Araújo. Em decorrência da necessidade de outros acessos por via terrestre para outros Estados."Estamos reféns do Estado do Pará porque não temos rodovia e a carga precisa ser transportada". Ele afirma que a estrada traz meios de ir e vir e que não podemos ficar isolados por conta de uma legislação com interesses escusas de ambientalistas que insistem em dizer que é uma questão ambiental.

"O Estado precisa estar à frente para coibir qualquer prática que prejudique a preservação. É só fiscalizar", disse. Araújo ainda salientou que a facilidade de entrada e saída de mercadoria% aliada a condição de redução de tempo de vários locais diminuiria prazos e traria economia em torno de menos estoques, além de dar condição para não depender apenas do uso modal.

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