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Fundo para startups pode acelerar crescimento tecnológico em Manaus

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30/07/2019

Notícia publicada pelo portal Acrítica

Nícolas Marreco

Com opções pontuais de investimentos em Manaus, donos de startups encontram tendências promissoras do mercado de inovação na cidade sem estrutura para se lançarem. Com exceção dos recursos advindos da Lei de Informática, administrados pela Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa), o caminho de boostrapping, ou por conta própria, é usado pela maioria.

O primeiro fundo de investimento deve ser inaugurado no segundo semestre, conforme divulgação da Prefeitura de Manaus. Criado desde 1993, o Fundo Municipal de Empreendedorismo e Inovação (Fumipeq) será reformado para estimular o insight à inovação na capital, incluindo apoio a negócios de base tecnológica.

Em fase atual de regulamentação, a lei 2.476/19 irá instituir editais para projetos e programas ao fundo para o apoio a empreendedores e potenciais empreendedores. A Secretaria Municipal do Trabalho, Empreendedorismo e Inovação (Semtepi) informou que os recursos não serão reembolsáveis e serão aplicados por modalidades.

Microempreendedores individuais, microempresas e startups são alguns exemplos. Cada item deverá ter uma apresentação de projeto conforme o modelo na chamada pública. A pasta não divulgou faixas de valores e o prazo estipulado para aplicação será definido em edital. O fundo será com verbas oriundas dos pagamentos feitos pelo Executivo e aberto a doações e convênios. Atualmente, o Fumipeq é baseado em microcrédito, sem apoio à empreendedores.

Incubadoras da UEA

A incubadora da Universidade Estadual do Amazonas (UEA) possui um edital que é continuamente aberto, porém com limite de capacidade. Registrada na Suframa para o uso de verbas da Lei da Informática, as empresas são incubadas até maturarem num nível de escalação e também recebem mediação com os empresários para o investimento, como um showroom. A taxa de manutenção varia de R$ 200 a R$ 800. Até seis empresas podem estar incubadas, além dos associados da universidade. Além dela, as incubadoras do Centro de Desenvolvimento Empresarial e Tecnológico (CDTECH), a do Ifam e o Centro de Incubação e Desenvolvimento Empresarial também aplicam verbas da Lei de Informática.

Incubadora de Bioeconomia do IDESAM

O Instituto de Conservação e Desenvolvimento Sustentável da Amazônia (Idesam) coordena os recursos para projetos voltados à bioeconomia usando verbas da Lei de Informática. Com Institutos de Ciência e Tecnologia credenciados na Amazônia Ocidental, as empresas devem obedecer um dos sete eixos entre tecnologias de suporte aos sistemas produtivos, biologia sintética, nanobiotecnologia, entre outros. Tanto subsídios para o término de um projeto quanto investimentos-anjos podem ser conseguidos no site idesam.org/bioeconomia ou bieoconomia@idesam.org.br

INDT

Desde o fim de 2018, a Suframa abriu programas prioritários como gestores-chaves dos recursos de Pesquisa e Desenvolvimento vindos das empresas pela Lei de Informática. O PP de Economia Digital é um que admite o investimento direto a start ups. Sem prazo definido para inscrições, os empreendedores devem trabalhar com ao menos um dos sete conceitos: Internet das Coisas, Big Data, Tecnologia de Informação, Cidades Inteligentes, Manufatura Avançada, Telecomunicações e/ou Segurança Cibernética. O site www.indt.org.br/ faz a primeira seleção dos candidatos

ARTEMISIA

Em busca de soluções de impactos sociais, que melhorem os níveis de habilidades socioemocionais e cognitivas, por exemplo, o Artemisia Lab apóia uma geração de startups com soluções inovadoras que tenham potencial para impactar milhões de brasileiros – especialmente as pessoas mais vulneráveis e de menor renda. Um programa nacional vai selecionar até 20 projetos nos critérios pedidos pelo site www.artemisia.org.br/ labeducacaoeempregabilidade até o dia 5 de agosto. O programa oferece encontros presenciais em São Paulo e online nos dias 24 e 25 de setembro e 29 e 30 de outubro. Ao final, três selecionados poderão ganhar até R$ 20 mil.

Fundos potenciais para o futuro

Após ser um dos quatro finalistas da região Norte num programa de investimentos da Samsung, o empreendedor Hélio Souza conseguiu junto com dois outros sócios um aporte de R$ 200 mil para a empresa ‘Navegam’. A idéia do negócio é automatizar a venda de passagens para o transporte fluvial e lançar um ambiente de e-commerce, podendo comprar via internet.

A partir do investimento, expandir a operação já desenvolvida foi fácil, ele disse. O valor foi dividido para ser aplicado em oito meses. “Tiramos do nosso bolso por nove meses, pagando programador, fazendo testes, validando o negócio... O programa foi bom porque não pede um percentual de participação na empresa, diferente da maioria dos investimentos em Manaus”, falou.

Após passar por curadoria presencial e online, a empresa conseguiu estar atualmente presente em 12 embarcações no roadway do Porto de Manaus. Disponível nas lojas de aplicativos, a compra pode ser feita offline com sincronização a partir de pontos de conexão web. O market place será inaugurado nos próximos meses, conforme a projeção de Hélio.

Sobre o cenário de investimentos em Manaus, a Head de Capacitação e Coordenadora do SebraeLab, Fabíola Almeida, avaliou que pela falta de aportes regionais - considerando o nível das startups - muitas procuram apoio em outros Estados. Em casos que o escalonamento dá certo, a origem do recurso acaba pedindo parte das ações da empresa, além disso.

“O INDT, por exemplo, tem uma régua muita alta, exige que você trabalhe com tecnologia disruptiva, o que não ocorre muito em Manaus. Estamos ainda na desmaterialização de serviços, embutindo eles em plataformas, apps. Programas de aceleração em São Paulo, Santa Catarina, que já investem capital em curto tempo, por exemplo, é uma alternativa popular entre os empreendedores”, comentou.

Apoio do Cieam

O Centro da Indústria do Estado do Amazonas (Cieam) em parceria com a UEA e os associados pretendem lançar em setembro um Hackathon para startups identificarem problemas existentes no processo de manufatura dentro do Polo Industrial de Manaus (PIM). Ao final do evento, as melhores classificadas receberão aporte aos projetos.“Estamos na etapa de primeiro fazer capacitação dentro das empresas para elas identificarem oportunidades de melhorias”, destacou Paulo Xavier, do Cieam.


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