19/02/2014
Servidores da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) iniciam uma greve geral por tempo indeterminado nesta quarta-feira. De acordo com o presidente do Sindicato dos Funcionários da Suframa (Sindframa), Estênio Ferreira, a partir das 7h a categoria vai ser reunir na porta da instituição para tentar convencer os colegas que queiram trabalhar a aderir à greve.
Ferreira afirmou que não haverá impedimento por parte do sindicato para quem quiser trabalhar, mas ele aposta que a maioria dos servidores está decidida a aderir ao movimento. “Hoje nós tivemos uma reunião e os servidores manifestaram a insatisfação, principalmente em relação aos salários”, disse o sindicalista. A assembleia geral da categoria que decidiu pela greve foi realizada no dia 5 deste mês. A Suframa tem cerca de 400 servidores em Manaus, de acordo com o sindicato.
Os trabalhadores apresentaram à Suframa uma tabela com a correção salarial na maioria dos casos o reajuste reivindicado chega a 100%. De acordo com o sindicato, não houve negociação com os ministérios envolvidos. Apesar de a Suframa estar subordinada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, quem define a política salarial do governo pé o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. “Eles dizem que não há orçamento para conceder reajuste e nós não conseguimos sequer discutir a nossa proposta. Por isso, decidimos iniciar a greve”, disse
O sindicato também reivindica a instalação de um restaurante na sede da instituição, no Distrito Industrial 1. De acordo com Ferreira, os servidores precisam enfrentar longas distâncias para almoçar. “Não é pedir muito. Toda empresa do Distrito Industrial tem um restaurante e a Suframa não tem um”, afirmou.
A assessoria da Suframa informou que o superintendente Thomaz Nogueira respeita o direito de greve dos trabalhadores e fez aquilo que estava ao alcance dele para evitar a paralisação. Nogueira levou às reivindicações do Sindframa ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, que respondeu informando que a discussão sobre salário deve ser travada com o Ministério do Planejamento.
Fonte: Amazonas Atual