10/04/2020
Fonte: Jornal do Commercio
Antônio Parente
A FPF Tech (Fundação
Paulo Feitoza) reúne equipe
multidisciplinar composta
por engenheiros, médicos,
profissionais da área de P&D
(Pesquisa e Desenvolvimento)
para trabalhar na elaboração
de um protótipo de respirador hospitalar de baixo-custo.
A ideia é auxiliar hospitais e
profissionais no tratamento de
pessoas com coronavírus
Segundo o diretor da FPF
Tech, Luís Braga, o projeto
encontra-se em fase inicial e
passará por uma série de testes e validações conforme as
etapas de desenvolvimento. O
objetivo é criar um modelo eficiente que consiga atender às
necessidades dos tratamentos
contra a Covid-19. Ele explica,
que a iniciativa surgiu após a
FPF ter acesso a um protótipo
de respirador que estava circulando na internet, juntamente
com uma matéria jornalística
que abordava a necessidade
da criação de mais aparelhos
desse tipo para ajudar a combater a doença e salvar vidas.
“Esse projeto surgiu a partir da ideia de um protótipo de
respirador que vimos na internet, então, através da análise
desse material, percebemos que tínhamos como contribuir
desenvolvendo um protótipo
de respirador que possa ser
produzido em escala com o
objetivo de distribuí-lo para
todo o Brasil”, explica.
Braga destacou, que o intuito é criar uma ferramenta
que seja capaz de ser produzida em grande escala, de forma
que atenda o mais rápido possível os hospitais. O intuito é
trabalhar de forma incessante,
para alcançar grandes avanços, e até na próxima semana,
os resultados já possam ser
apresentados para dar continuidade no desenvolvimento
do aparelho e seu término, e
produção em grande escala.
“Estamos trabalhando neste projeto de pesquisa que é
muito desafiador e visamos
com ele contribuir com a nossa sociedade. É uma forma
de ajudarmos no combate ao
novo coronavírus. Essa equipe multidisciplinar conta com
engenheiros de hardwares e
software. Estamos contando
com o apoio de uma equipe médica no sentido de nos
orientar no desenvolvimento
deste produto. Sabemos que
para isso, não basta passar
apenas por testes de engenharia de hardwares e software,
mas por uma série de testes
para garantir que é um produto seguro. Estamos confiantes
que vamos conseguir grandes
avanços. Acreditamos que
é papel de todos encontrar
meios de ajudar a vencer essa
crise, bem como, salvar vidas,
sendo assim, queremos e faremos a nossa parte através desse projeto”, disse.
Necessidade de alta produção
O número de casos de
pessoas infectadas pelo novo
Coronavírus (Covid-19) tem
crescido exponencialmente
no Brasil e no mundo. Sabe-se
que, na maioria das vezes, os
pacientes diagnosticados com
a doença apresentam sintomas
leves, muito parecidos com os
mesmos sintomas de gripes e
resfriados.
Entretanto, em cerca de 5%
das pessoas infectadas, bem
como, as pessoas que estão nos
grupos de riscos da doença
(idosos, pessoas com doenças
respiratórias crônicas, cardíacas, hipertensas e diabéticas)
apresentam sintomas mais
graves, por isso, necessitam de
internação hospitalar para cuidados intensivos.
Os respiradores hospitalares são aparelhos automáticos que auxiliam as pessoas a respirarem artificialmente, através do bombeamento de oxigênio, que imitam os movimentos de inspiração e expiração dos pulmões, tendo a capacidade de operar o sistema respiratório humano mecanicamente. Caso o número de pessoas infectadas pelo Coronavírus continue aumentando, faltarão respiradores hospitalares, levando pacientes a óbito.