18/08/2017
Reportagem publicada no G1 Amazonas
Após série de assaltos a ônibus em Manaus, uma força-tarefa será criada para combater as ocorrências na capital, segundo informou a Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM), após reunião com empresas do transporte público e especial, sindicatos dos trabalhadores.
Empresas que operam o transporte coletivo da capital registraram 2.171 assaltos nos últimos sete meses. Motoristas de ônibus do transporte especial, que conduzem trabalhadores do Polo Industrial, também relatam assaltos constantes. Duas manifestações foram realizadas para protestar contra a falta de segurança na quarta-feira (16).
Segundo a SSP, o objetivo é agilizar o compartilhamento de informações sobre os assaltos, além de reforçar as investigações e o policiamento ostensivo nas áreas de maior registro dos crimes.
As ações de combate aos crimes foram definidas em reunião realizada nesta quinta-feira (17). Também ficou determinado que o Centro Integrado de Comando e Controle (CICC) da Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM) irá centralizar as imagens de assaltos gravadas pelos circuitos das empresas, que são fundamentais para a investigação e identificação dos suspeitos.
A reunião aconteceu no Centro Integrado de Comando e Controle (CICC) com a presença de mais de 30 representantes. Durante o encontro, as Cooperativas, Sindicatos e empresas do Distrito falaram das principais dificuldades na segurança do transporte coletivo.
Assaltos
De janeiro a julho deste ano, a SSP-AM já registrou a prisão de 653 acusados de assaltos a ônibus, somados com os presos em 2016 (473), o sistema registra o total de quase 1.200 acusados presos somente por roubos a ônibus do transporte público e especial.
Ações
Dentre as ações da Força-Tarefa estão a realização de barreiras em frente aos Distritos Integrados de Polícia (DIP) e Companhias Interativas Comunitárias (CICOM) para fiscalização de ônibus, ações de controle na contratação dos trabalhadores para atuar no transporte coletivo, como forma de evitar que criminosos estejam infiltrados no sistema, confecção de cartilha de procedimentos para cobradores e motoristas, criação de grupo de aplicativo de conversa para repassar informações de maneira mais rápida e ampliação da adesão ao programa Anjo da Guarda, que já é realizado.
A Polícia Civil estuda um mecanismo para facilitar o registro de roubos sem a necessidade do trabalhador se deslocar até a Delegacia. “Vamos criar mecanismos para que a vítima de roubo possa registrar a ocorrência de casa ou do trabalho, isso também daria mais agilidade no Sistema”, afirmou o delegado-geral adjunto, Ivo Martins, por meio da assessoria.