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31/01/2014

Pernambuco, estado natal do presidente Lula, terá a primeira fábrica de motos Shineray fora da China. A unidade começa a operar em março e poderá montar 150 mil veículos por ano, somados aí ciclomotores, motos, triciclos de carga e quadriciclos. O investimento feito foi de R$ 140 milhões. “A fábrica não tem capital chinês, é 100% brasileira”, explica o diretor executivo da Shineray do Brasil, Paulo Perez.

Começo do fim (?)

Isso significa que os incentivos de duas rodas já não seguram os investimentos em Manaus? Aqui, por diversas razões, que incluem a inflação, o fracasso da politica econômica, a redução do crédito e a queda do poder aquisitivo, o polo de duas rodas faz água.

Euforia da Suframa

O faturamento dos tablets, que bombou no segundo semestre, esconde crise em vários setores, incluindo o já capenga de duas rodas e o de TV, com margem de lucro mínima, e decrescente, apesar da Copa. Será que o que andam dizendo por aí que tudo está às mil maravilhas?

Peças vêm da China

Inicialmente, a Shineray montará três ciclomotores e um triciclo de carga. Os quadros dos veículos serão soldados no Brasil e as peças virão da China. A unidade fica no Complexo Industrial Portuário de Suape, no Cabo de Santo Agostinho. Segundo a Shineray, a fábrica vai gerar 600 empregos diretos no primeiro ano de operação.

Tudo no jeito

A Shineray tem 700 pontos de venda e 150 concessionárias. Em 2013, foi a quinta marca em volume de emplacamentos, com 10,8 mil unidades. As vendas efetivas foram bem superiores a isso, mas ficaram fora das estatísticas do Renavam porque poucos de seus ciclomotores são lacrados.

Logística competitiva

O que importa para os chineses e para a empresa brasileira é a estrutura logística do porto de Suape, uma estrutura moderna, computadorizada até o talo, com custos enxutos e transparentes, diferentes de Manaus, onde a máfi portuária morde 20% dos recursos. A direção da empresa espera fechar 2014 com 120 mil unidades vendidas. Os operários que vão trabalhar na Shineray já recebem treinamento.

Ninguém merece


• A empresa vem utilizando equipamento que simula uma linha de montagem dentro do centro de distribuição da marca, no Cabo de Santo Agostinho.
• Tudo com navio cargueiro, uma cabotagem que os ingleses sacaram há mais de 100 anos e viabilizou o Ciclo da Borracha e o poderio britânico.
• Aqui, no Amazonas, o roll-on caboco é precário e caro, supõe estradas esburacadas, piratas, seguros, custos elevados. Por isso ficamos a ver Cuba lançar seu novo porto.
• Fosse o governo comunista e cobrasse do Planalto petista uma solução, quem sabe a ZFM ganhasse uma estrutura parecida com a logística de Cuba.

Fonte: Maskate

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