26/07/2013
Com o término dos testes e treinamentos dos profissionais da empresa e dos fiscais da Receita Federal que irão manusear a nova tecnologia na semana passada, a previsão do Grupo Chibatão é que 5,2 mil contêineres – que tenham como origem ou destino final os navios de longo curso que transportam matéria-prima e os produtos já manufaturados no Polo Industrial de Manaus (PIM) na rota entre o porto e os demais terminais de outros países – passem em média, por mês, pelo imenso Raio–X de cinco metros de altura e 11,5 metros de comprimento.
Na prática, a partir de agora as cargas irão passar pelo scanner sobre as carretas em uma velocidade máxima de 10 km/h. Imediatamente, as imagens são processadas e surgem nas telas de controle do próprio equipamento operadas pelos técnicos do porto.
Via sistema online, as imagens também serão transmitidas simultaneamente para os monitores nos escritórios da Receita Federal situados no próprio terminal alfandegado, onde os fiscais da autarquia irão verificar e comparar as informações fornecidas pelas empresas importadoras/exportadoras em suas guias e documentos em comparação com as imagens geradas em cada contêiner.
“Além de oferecer mais um serviço exclusivo para nossos clientes, parceiros e armadores, a curto, médio e longo prazo o scanner trará muitos ganhos para a economia do Amazonas, uma vez que os processos produtivos do PIM terão um ritmo mais acelerado e inédito na história industrial do Estado, aliados a mais segurança e qualidade na parte logística”, avalia o gestor do terminal portuário, Jhony Fidelis.
Para o inspetor-chefe da Alfandega do Porto de Manaus, Osmar Félix de Carvalho, a aquisição e investimentos em novas tecnologias como o scanner do Grupo Chibatão, também representam uma conquista para o órgão público. “Este é um excelente exemplo de como podemos e devemos usar a tecnologia a favor do desenvolvimento e benefício de todos os setores envolvidos na cadeia produtiva, da empresa proprietária do navio até o consumidor final”, destacou.
O empresário e diretor da Federação e do Centro de Indústrias do Amazonas (Fieam e Cieam) José Renato Sátiro Santiago, parabenizou a aquisição e a implantação da nova tecnologia e disse que é indispensável ao PIM, como centro produtor de peças e eletroeletrônicos de ponta, dispor em sua logística e transporte de equipamentos também avançados. “A redução de tempo e a agilidade no desembaraço alfandegário por si já justificam este investimento”, afirmou.
Novidades
Já estão em fase de testes no terminal portuário alfandegado do Grupo Chibatão, novos projetos e tecnologias que entrarão em operação nos próximos meses destinados a reduzir ainda mais o tempo de transporte das cargas entre navios e indústrias do PIM como o sistema de reconhecimento ótico OCR, que irá reconhecer e registrar a placa dos caminhões e dos próprios contêineres assim que eles passem pelos portões de acesso ao terminal.
Outra inovação que já está em fase de implantação no Chibatão é o pátio virtual, que possibilitará aos gestores do porto posicionar e saber com antecedência a posição de cada contêiner no terminal, antes mesmo que este chegue, seja por caminhão ou navio, via pré-agendamento no site da empresa na Internet.
“Na última semana, operamos quatro navios simultaneamente em nosso píer, coisa que somente foi possível com estas novas tecnologias”, acrescentou Jhony Fidelis.
Fonte: Portal Acritica.com.br