19/11/2013
O valor estimado é praticamente o mesmo montante de negócios fechado na última edição do evento, em 2011. Entretanto, a expectativa do titular da autarquia, Thomaz Nogueira é de que ao longo dos quatro dias de feira, o volume de negócios pode alcançar mais 10% de crescimento frente à projeção inicial, somando R$ 26,4 milhões.
Segundo Nogueira, a projeção de incremento está ligada a fatores como o nível de atenção dado a outros segmentos como o de serviços (bares e restaurantes) e ao foco para os negócios com os chamados países pan-amazônicos. “O maior estande será ocupado pela Venezuela, um dos países vizinhos com o qual o Estado tem se esforçado para estreitar laços de acordos bilaterais, ou seja, viáveis para as duas partes, no comércio”, adiantou.
Para o superintendente, as negociações com o governo venezuelano é uma das mais avançadas e pode render relações produtivas para a compra de insumos para o Polo Industrial de Manaus (PIM), como borracha e outros itens pneumáticos. “Há alguma dificuldade de natureza cambial, mas o interesse em negociar com o Brasil e, sobretudo com o Amazonas é grande, por este motivo o pedido de um espaço maior no evento”, explicou.
Acordos
Os acordos com outros países também estão adiantados. Conforme Nogueira, o Peru, que pode gerar US$ 10 bilhões em acordos bilaterais com o Brasil nos próximos anos, e o Equador, são dois potenciais parceiros a médio prazo. Em ocasião anterior, o assessor técnico da Coordenação Geral de Comércio Exterior da Suframa (Cogex), Frederico Aguiar, informou que duas novas rotas estão em fase final de estudo.
A primeira é a linha que ligaria Manaus à capital do Equador, Quito e de lá faria conexão com um país europeu ainda em fase de negociação. A segunda é a tentativa do Amazonas em fechar uma parceira para a rota que ligaria Manaus à capital do Peru, Lime e a Madri na Espanha. Entre as empresas cotadas para fechar o acordo está a chilena LAN linhas aéreas.
“Somente nesse caso poderíamos favorecer o turismo, que é um interesse dos três países, baratear os custos de produção e de distribuição de produtos consagrados do PIM como motocicletas, televisores e smartphones. Todos ganhariam”, justificou.
Com orçamento de R$ 6,2 milhões, a Fieam deve atrair 60 mil pessoas e reunir em torno de 300 expositores, a maioria empresas do PIM.
O tema “Passe para o futuro” faz menção ao início da discussão pública em relação aos próximos passos do modelo, após a conquista da prorrogação da ZFM até 2073, proposta que aguarda aprovação até o final deste ano.
Fonte: Amazonas Em Tempo