13/06/2014
De acordo com o levantamento, 30% das empresas preveem investir mais que nos 12 meses anteriores. No mesmo período em 2013, essa fatia era de 51%. Nos três primeiros meses deste ano, 34% queriam investir mais.
Na outra ponta, houve aumento das empresas que vão reduzir investimentos. Elas são 21% do total no segundo trimestre deste ano, ante 16% no primeiro trimestre e 15% no mesmo período do ano passado.
No caso dos investimentos já realizados, 31% das empresas aumentaram investimentos e 24% diminuíram os aportes nos últimos 12 meses, enquanto no segundo trimestre do ano passado esses percentuais eram de 45% e 22%, respectivamente. No primeiro trimestre, o cenário também era melhor: 37% aumentaram e 18% reduziram.
Aumento de capacidade
A expansão da capacidade produtiva foi apontada como o principal objetivo para a realização de investimentos produtivos no ano corrente por 27% das empresas industriais, proporção com cinco pontos percentuais inferior à prevista no ano passado e a menor desde 2009 (24%).
Majoritária em anos de maior crescimento dos investimentos produtivos do setor industrial, a expansão da capacidade foi o objetivo mais citado nas edições das sondagens de 2007-2008 e 2010-2011. O resultado sinaliza, portanto, uma diminuição do volume de investimentos para este ano.
A principal motivação para a realização de investimentos produtivos em 2014 foi o aumento da eficiência produtiva, citado por 31% das empresas industriais, proporção inferior aos 33% previstos no ano anterior.
A motivação que mais avançou em relação a 2013 foi a substituição de máquinas e/ou equipamentos, apontada por 24% das empresas, uma alta de seis pontos percentuais em relação ao ano passado e maior frequência da série histórica iniciada em 1998.
A proporção de empresas que afirmam estar sem programa de investimentos no momento ficou em 18% do total, contra 17% em 2013.
A percepção das empresas do setor industrial em relação aos investimentos em capital fixo piorou em relação ao ano passado. Entre 2013 e 2014, o percentual de empresas que apontam algum tipo de dificuldade aumentou de 46% para 49%, o maior nível desde 2009 (87%), período em que os investimentos foram afetados pela crise internacional.
Entre as empresas que percebem entraves à realização de investimentos, o fator mais lembrado foi a limitação de recursos, mencionado por 45% das empresas, um aumento de seis pontos percentuais em relação ao ano anterior.
O segundo fator inibidor mais citado foram as incertezas acerca da demanda, apontadas por 37% das empresas, proporção superior aos 31% de 2013 e a maior desde 2009 (50%). O fator carga tributária elevada vem a seguir, citado por 36% das empresas, uma redução de um ponto percentual frente ao ano passado.
Já o custo de financiamento aumentou em relação a 2013, de 22% para 28% do total. Por três anos consecutivos, o item taxa de retorno inadequada é apontado por 22% das empresas, mantendo-se no maior patamar da série histórica iniciada em 2004.
Fonte: Valor Econômico