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Férias coletivas aumentam quase 20% e derrubam produção industrial

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04/02/2014

A queda de 3,5% da produção industrial entre novembro e dezembro de 2013 está relacionada à maior concessão de férias coletivas no período. A afirmação é do gerente da coordenação da indústria do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), André Macedo.

"Dezembro ficou bem caracterizado por um menor dinamismo da produção industrial. Observamos uma frequência de paralisações nas unidades de produção, justificada pela concessão de férias coletivas, num volume maior do que no período novembro-dezembro de 2012", afirmou Macedo.

Pelos dados da Produção Industrial Mensal - Produção Física (PIM-PF), em dezembro, 1,3 mil informantes do levantamento indicaram a concessão de férias, número 185 maior do que em dezembro de 2012, quando esse contingente foi de 1,1 mil. Em novembro de 2013, 250 informantes concederam férias coletivas.

De acordo com Macedo, as férias coletivas de dezembro foram concedidas por razões como estoques elevados, menor demanda, restrição ao crédito, inadimplência alta e endividamento das famílias.

"As férias coletivas não ocorrem por acaso. Juntos, todos esses fatores acabam se configurando num recuo mais intenso da produção industrial", disse o especialista do IBGE.

Segundo Macedo, as paralisações em dezembro foram mais recorrentes no setor de veículos automotores, cuja produção caiu 17,5% em dezembro ante novembro, na série livre de influências sazonais.

As férias também tiveram forte impacto em máquinas e equipamentos, com queda de 6,2% em dezembro ante novembro, e em refino de petróleo e produção de álcool, com baixa de 4,3%, na série dessazonalizada.

A queda da produção industrial em dezembro foi a maior desde dezembro de 2008, quando a economia brasileira começava a ser influenciada pela crise americana. Naquele mês, a atividade industrial brasileira recuou 4% frente a novembro, na série livre de influências sazonais.

Além da magnitude da queda da produção industrial, outra semelhança entre o comportamento da indústria em dezembro com igual mês de 2008 é o perfil disseminado de queda. Assim como no último mês de 2008, em dezembro passado, todas as categorias de uso tiveram queda na produção.

Na passagem de novembro para dezembro, a produção de bens de capital recuou 11,6%, seguido por bens intermediários, com queda de 3,9%. Nessa base de comparação, a produção de bens duráveis caiu 3%, ao passo que a de semiduráveis e não duráveis recuou 2,3%.

No mesmo período, 22 dos 27 ramos investigados pelo IBGE tiveram queda na produção. Esse é o maior número de atividades em queda desde dezembro de 2008.

Fonte: Valor Econômico

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