28/11/2018

Notícia publicada pelo Jornal do Commercio

Com o objetivo de divulgar as potencialidades do mercado local, primeira edição da Feira do Polo Digital de Manaus, reúne empresários, estudantes e profissionais de diversos segmentos de tecnologia e inovação. O evento aconteceu no Centro de Convenções do Studio 5, onde serão apresentados até o dia 29, novos produtos e serviços digitais desenvolvidos por empresas do Estado.

Com o tema "Manaus Tem Digital", a feira disponibiliza 93 stands onde diversas empresas apresentaram produtos do mercado de tecnologia, telefonia, automotivos, financeiros, e-commerce e atacadistas. O evento é uma realização do Codese Manaus (Conselho de Desenvolvimento Econômico, Sustentável e Estratégico), com patrocínio do Sidia (Instituto de Ciência e Tecnologia) da Samsung.

Segundo Ulisses Tapajós, membro do Conselho Deliberativo do Codese Manaus, a primeira edição da feira tem como propósito solidificar as empresas locais e preparar o Estado para uma era de inovações digitais.

"Essa é uma feira de novidades onde as pessoas ficarão surpreendidas com tantos produtos do m undo digital que são produzidas em Manaus. É uma chance de mostrar as potencialidades das empresas do Estado, para que a sociedade possa se engajar em um processo de incentivo desses segmentos para criar novas mudanças econômicas", disse.

Tapajós destacou, que o evento é uma chance de verificar novas alternativas ao modelo Zona Franca, e observar companhias e modelos preparados ao sistema de manufatura 4.0. Ele destacou ainda, que as universidades têm um papel fundamental para oferecer uma boa base para esse processo.

"A maior dificuldade que temos hoje é a falta de pessoas especializadas, mas temos muitas universidades de valor em Manaus que começam a preparar cursos de mestrado e doutorado para suportar essa movimentação. Precisamos entrar com esse conceito de manufatura 4.0, porque mais lá na frente o mundo vai ser mais competitivo e somente as cidades que estiverem preparadas vão sobreviver. Tenho certeza que Manaus vai se preparar a curto prazo com cursos e capacitação. E principalmente mostrando potencialidade na área de tecnologia", frisou.

Segundo o secretário de inovação e novos negócios do Mdic (Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços), Rafael Moreira, o futuro da ZFM (Zona Franca de Manaus) vai estar ligado diretamente a pesquisa e desenvolvimento e inovação de um processo produtivo digital. Para isso, é preciso ter fluxo de investimento internacional que conheçam os aspectos da biodiversidade e o Polo Industrial no meio da floresta.

"As novas tecnologias criadas por pesquisadores e engenheiros, podem permitir mais ainda os avanços do modelo. Permitir que as indústrias invistam em P&D é o caminho. Temos que ter profissionais qualificados nesse novo mercado. Precisamos de alunos e professores que estejam atualizados de novos negócios. O futuro do modelo vai estar li-gado diretamente a pesquisa em inovação de processo produtivo digital", disse.

Ciência e Tecnologia nas escolas

A abertura da feira, contou com a participação do futuro ministro de Ciência e Tecnologia, o astronauta e engenheiro, Marcos Pontes, que apresentou ao público a palestra "É possível!". Na ocasião, ele falou de alguns pontos de trabalhos que o novo ministério vai focar: formação de recursos humanos junto com o ministério da educação para formar cientistas e engenheiro desde o ensino fundamental; formação técnica para alunos do ensino médio; formação e capacitação de professores e investimento em pesquisa básica e aplicada.

"Já comecei a conversar com o ministro da Educação para fazermos essa parceria, inclusive com ensino fundamental. Eu acredito na educação como base de tudo, já temos uma aproximação muito grande com o ensino superior no caso das universidades por meio da pesquisa. Queremos Robótica e Ciência e Tecnologia em escolas públicas. Queremos causar uma aproximação maior com o ensino fundamental e médio", disse.

Pontes destacou, que a feira é uma grande chance de criar novas empresas de tecnologia. E frisou, que iniciativas como estas serão incentivadas em cada região do pais para aproximar mais a sociedade do segmento.

"A gente sente ainda que no Brasil existe uma dificuldade de transformar boas ideias em produtos. Uma iniciativa como esta feira está dentro do nosso campo de atuação. Esse mode-lo que está sendo aplicado aqui vamos incentivar também em outros lugares do Brasil, segundo a vocação de cada região. Assim podemos montar um modelo pa-drão para ser utilizado como base de desenvolvimento de startups. E o Amazonas tem muita coisa as ser aproveitada", explicou.