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Faturamento sobe menos e total de horas trabalhadas recua, aponta CNI

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02/08/2017

Reportagem publicada no Valor Econômico

Assim como a produção, o faturamento da indústria de transformação foi errático ao longo do segundo trimestre e terminou o período com alta menor que no primeiro trimestre, de acordo com dados da Confederação Nacional do setor (CNI). As horas trabalhadas caíram com mais intensidade, enquanto o emprego ainda registrou sinal negativo, embora menor, no período.

A indústria devolveu em junho os dados positivos registrados no mês anterior, o que ajudou a diminuir seus resultados trimestrais, segundo a pesquisa Indicadores Industriais, da CNI. Em maio, todos os índices levantados tiveram variações positivas na comparação com abril, considerando as séries livres de influências sazonais. Já em abril, os números foram na maioria negativos. Naquele mês, apenas o rendimento médio real cresceu, acompanhando a queda da taxa de inflação.

Para a CNI, os altos e baixos do primeiro semestre mostram que a indústria continua presa em um longo período de transição, após a forte retração nos anos de 2015 e 2016. "Embora o prolongado período de queda da atividade e de piora do mercado de trabalho tenha ficado para trás, os indicadores industriais ainda não mostram recuperação", afirmou a entidade em sua pesquisa.

Outro índice, o PMI industrial, da consultoria Markit, divulgado ontem, mostrou que em julho os novos pedidos e a produção desaceleraram, mostrando que a atividade do setor continua uma gangorra.

Em junho, houve queda de 2,4% no faturamento real, ante maio, recuo de 1,3% nas horas trabalhadas e de 0,2% no emprego. A utilização da capacidade instalada caiu 0,4 ponto, para 77%, feito o ajuste sazonal.

Assim, do primeiro para o segundo trimestre, o faturamento real saiu de crescimento de 1,8% para 0,4%, na série dessazonalizada. E o desempenho ainda segue muito inferior ao registrado em 2016, um ano muito ruim para o setor. No primeiro semestre, o faturamento real foi 5,9% menor do que no período de janeiro a junho do ano passado.

As horas trabalhadas saíram de queda de 0,67% para 0,95% entre o primeiro e o segundo trimestres, na série dessazonalizada, e o emprego foi de queda de 0,62% para baixa de 0,56%. Apenas em junho, houve queda de 1,3% nesse último indicador, que se manteve muito próximo ao registrado em abril, o menor da série histórica iniciada em janeiro de 2003.

Além de um indicativo do movimento nas fábricas, as horas trabalhadas são uma espécie de indicador antecedente do emprego no setor. No primeiro semestre, as horas na produção diminuíram 3,3% e o emprego teve queda de 3,9%.

Beneficiada pela queda de inflação, a renda média real dos trabalhadores da indústria aumentou em junho (1,6%) pelo quarto mês consecutivo, feito o ajuste sazonal. No acumulado do semestre foi 0,5% maior que no mesmo período de 2016. A massa de salários ainda aumentou 0,7% em junho ante maio, também pelo quarto mês, mas teve recuo expressivo de 3,5

Por fim, depois de elevar a utilização da capacidade instalada de 76,6 em abril para 77,4 em maio, a indústria voltou a aumentar seu nível de ociosidade, registrando utilização de 77 em junho.

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