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Faturamento real do setor eletroeletrônico recua 4% no primeiro semestre

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14/08/2014

Dados da Abinee apontam que no primeiro semestre deste ano, o faturamento da indústria elétrica e eletrônica apresentou queda real de 4% em relação ao mesmo período do ano passado. O crescimento nominal (sem descontar a inflação do setor) apresentou crescimento de 3% na mesma comparação.

Para o ano, a Abinee reviu sua projeção anterior (crescimento nominal de 8% e real de 5%), prevendo que os percentuais deverão ser os mesmos do primeiro semestre - queda real de 4% e crescimento nominal de 3%.

Primeiro Semestre

Com exceção da área de Telecomunicações, o faturamento de todas as demais apresentaram crescimentos menores no 2º trimestre do que no 1º trimestre, fato que reflete a queda dos negócios ao longo do semestre.

As áreas de Automação Industrial e Equipamentos Industriais, dependentes de investimentos produtivos, cresceram 11% no primeiro semestre. O desempenho é justificado pelas encomendas de equipamentos ocorridas no final do ano passado, e que geraram faturamento para este início de ano.

No caso da área de GTD (Geração, Transmissão e Distribuição de Energia Elétrica) estão sendo verificadas encomendas de equipamentos decorrentes dos investimentos em Geração e Transmissão de energia. No entanto, os investimentos em distribuição estão parados.

Quanto aos Materiais Elétricos de Instalação, apesar de todos os incentivos para a construção civil, não foram registrados reflexos nos negócios das pequenas construções e reformas, principais mercados desse segmento.

Em Informática, o crescimento das vendas dos tablets não foi suficiente para compensar a queda dos notebooks e desktops.

No primeiro semestre, o mercado de tablets em unidades cresceu 21% enquanto os desktops caíram 33% e os notebooks 22%.

Em Telecomunicações - ainda na comparação do 1º semestre deste ano em relação a iguais meses de 2013 - aumentou o faturamento para telefones celulares (+27%) enquanto ocorreu queda no faturamento de equipamentos para infraestrutura (-9%).

Quanto aos celulares, o crescimento foi proporcionado pelas vendas dos smartphones. No primeiro semestre/14, as vendas desses aparelhos representaram cerca de 70% do mercado.

No caso da infraestrutura de Telecomunicações, os investimentos estão parados em função da não realização dos leilões da faixa de frequência de 700 MHZ. Até que este leilão seja realizado não há perspectiva de retomada dos investimentos.

Assim, o faturamento do setor eletroeletrônico no 1º semestre/14, teve o reflexo da retração da atividade econômica do país, com a redução dos investimentos e estabilidade do consumo.

O número de empregados no setor, no final de junho, atingiu 178,6 mil trabalhadores, pouco acima do verificado no final do ano passado. No entanto, nos últimos dois meses, ocorreu a diminuição de 1.500 trabalhadores ocupados, mais um evidência do esfriamento dos negócios no 2º trimestre. A média do número de empregos no 1º semestre/14 é mais baixa do que as observadas nos dois últimos anos.

Balança Comercial

As exportações apresentaram retração de 5% no 1º semestre de 2014 em relação a igual período do ano passado, atingindo US$ 3,2 bilhões.

Em relação ao destino das exportações, observa-se queda para o os países da ALADI, principal mercado do setor, e crescimento para todas as demais regiões.

Por sua vez, as importações caíram 1% no primeiro semestre de 2014, o que reflete, também, a retração do mercado interno de produtos eletroeletrônicos.

A principal origem das importações continua sendo a Ásia, que representa 66% do total importado de produtos do setor.
Projeção 2014

Para o ano, a Abinee reviu sua projeção anterior (crescimento nominal de 8% e real de 5%), prevendo que os percentuais deverão ser os mesmos do primeiro semestre - queda real de 4% e crescimento nominal de 3%.

A balança comercial de produtos do setor deverá apresentar déficit de US$ 36,9 bilhões, ou seja, crescimento de 2% em relação a 2013. AS exportações deverão atingir US$ 7 bilhões e as importações US$ 43,9 bilhões.

Fonte: Abinee

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