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Faturamento do Polo Industrial de Manaus tem queda de quase 10% nos 1º semestre

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24/07/2015

Com o montante de R$ 31,9 bilhões (US$ 10.9 bilhões) acumulados, o Polo Industrial de Manaus (PIM) registrou, nos cinco primeiros meses de 2015, recuo de 9,81% no faturamento em moeda brasileira, na comparação com o mesmo período do ano passado (R$ 35,4 bilhões). Somente no mês de maio, foi obtido o montante de R$ 5,7 bilhões (US$ 1.8 bilhão). Os números constam dos Indicadores de Desempenho do PIM divulgados pela Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa).

Ainda segundo a autarquia, o faturamento em dólar sofreu um revés ainda maior entre janeiro e maio deste ano na comparação com 2014: -29%. A Suframa ressalta, no entanto, que moeda americana se valorizou 27,46% frente ao real neste período. Além disso, a superintendência afirma que, em real, o valor acumulado em 2015 é o segundo melhor desempenho de janeiro a maio na história do PIM.

O superintendente em exercício, Gustavo Igrejas, avalia que o desempenho do parque fabril de Manaus é impactado pela conjuntura econômica nacional. Segundo ele, o Brasil consome mais de 90% da produção do PIM. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) referentes à produção industrial, divulgados no último dia 10 já mostravam um desaquecimento da indústria local no mesmo período.

De acordo com o Instituto, com o recuo de 17,3% no acumulado dos cinco primeiros meses, em comparação com igual período do ano anterior, o Amazonas amargou a pior queda entre os 15 locais pesquisados pelo terceiro mês consecutivo, apesar da alta de 2,6% no índice mensal de maio.

O presidente da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (Fieam), Antônio Silva, atribuiu as quedas ao fraco desempenho da economia no âmbito nacional. Diante do cenário desfavorável, ele prevê novas quedas para os próximos meses. "A queda se dá em consequência da retração da economia, que está afetando a todos nós. Teremos mais retrações em função desta crise."

Segmentos


Ainda segundo os Indicadores de Desempenho do PIM – o polo Eletroeletrônico segue como segmento responsável pela maior fatia de faturamento da Zona Franca, com 29,32% do total. Mas, nos números do IBGE, com queda de -36,4% nas atividades industriais, este também foi o setor com a maior influência negativa no resultado geral da indústria.

Outros segmentos que mais contribuíram com o faturamento total do PIM entre janeiro e maio foram os subsetores de Duas Rodas (17,67%), Bens de Informática (17,32%) e químico (13,12%). Na comparação com o mesmo intervalo de 2014, os subsetores que apresentaram incremento (em real) foram: Naval (36,05%) Vestuários e Calçados (17,89%); Têxtil (14,26%); Ótico (8,33%); Produtos Alimentícios (6,37%); Mobiliário (5,15%); Químico (5,07%); Beneficiamento de Borracha (2,49%); Bens de Informática do Polo Mecânico (1,75%) e Brinquedos (exceto bens de informática) 0,82%.

Empregos e produtos


Quanto à mão de obra, até o mês de maio ocorreram 24.518 demissões e 17.130 admissões, uma diferença de 7.388 vagas. No quinto mês do ano, o PIM registrou um total de 107.156 trabalhadores empregados, entre efetivos, temporários e terceirizados. No acumulado do ano, a média mensal de empregos está em 113.323 postos. Entre os produtos que tiveram incremento relevante em relação ao acumulado nos primeiros cinco meses de 2014, destacam-se: home theater 129,14%, condicionador de ar tipo janela (30,99%), disco digital a laser gravado –blu-ray (75,34%), condicionador de ar tipo split (28,31%), aparelho blu-ray (28,14%), lâminas e cartuchos (15,69%) e unidade evaporadora para split (13,61%).

Antônio Silva explica que o forte incremento na produção de home theaters e outros produtos eletrônicos nos cinco primeiros meses do ano aconteceram por conta da substituição natural dos produtos por outros com tecnologias mais avançadas. Porém, diante dos números do desemprego, Silva se mostrou preocupado com o desempenho do setor dentro do PIM. "Em alguns segmentos, neste caso o eletroeletrônico, existe o avanço tecnológico e o melhoramento dos produtos e o consumidor vai trocando. Troca uma televisão antiga por uma moderna, por exemplo. Isso, graças a Deus, ainda não parou, mas a coisa está se agravando. Com quase 30 mil demissões no Polo, o impacto não acontece apenas na vida do trabalhador, mas também afeta pelo menos 10 pessoas que dependem diretamente dele. Isso afeta diretamente a economia por que sem emprego não há renda e sem renda não há consumo, logo, a roda da economia fica travada", alertou.

Fonte: JCAM

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