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Faturamento do PIM em dólar cresce 4,67% em outubro

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29/12/2022

O faturamento do PIM voltou ganhar vigor em outubro, após a desaceleração do mês anterior. As vendas em dólares cresceram 4,67% em relação a setembro, que teve um dia útil a mais, e passaram de US$ 3 bilhões para US$ 3.14 bilhões. O incremento foi de 14,60%, no confronto com o dado de 12 meses atrás (US$ 2.74 bilhões). Em reais (R$ 16,52 bilhões), o acréscimo mensal não passou de 1,91%, e a expansão anual chegou a 6,86%. Em dez meses, a alta em moeda americana (US$ 28.62 bilhões) foi de 14,06%, sendo acompanhada por uma elevação de 8,59% na divisa nacional (R$ 145,96 bilhões).

Assim como ocorrido nos últimos meses, os subsetores mais fortes do PIM seguem em direções diferentes, no acumulado do ano. Os fabricantes de bens de informática e de duas rodas consolidaram expansão, mas os de eletroeletrônicos permanecem no campo negativo, embora já se aproximem da estabiliade. Os números são dos Indicadores de Desempenho do Polo Industrial de Manaus, e foram divulgados pela Suframa, nesta terça (27). A mesma base de dados informa que a média de empregos no Distrito atingiu novo pico anual, ao romper a barreira das 114 mil vagas.

Na análise em dólares, 21 dos 26 subsetores listados pela Suframa fecharam o acumulado de janeiro a outubro no azul, a mesma quantidade contabilizada no levantamento anterior. A maior alta proporcional se deu em minerais não metálicos, que decolou 195,68%, ao somar US$ 50.12 milhões. Foi seguido de longe pelos segmentos de vestuário e calçados (+60,63% e US$ 5.59 milhões) e de brinquedos (+38,46% e US$ 46.60 milhões). Os tombos mais significativos vieram dos subsetores de couros e similares (-41,23% e US$ 5.66 milhões) e mecânico (-28,21% e US$ 1.51 bilhão).

Segmentos e produtos

Majoritários e responsáveis por quase metade do faturamento total do PIM, os polos de bens de informática e de eletroeletrônicos voltaram a ficar em extremos opostos. O primeiro emendou o nono mês de liderança em termos de participação nos resultados do Polo, respondendo por uma fatia de 30,10%, com alta de 28,13% no faturamento do acumulado (US$ 8.61 bilhões). O segundo teve 18,55% de share e viu suas vendas encolherem 0,56% (US$ 5.31 bilhões).

O subsetor de duas rodas, por outro lado, respondeu por 15% dos resultados (US$ 4.29 bilhões) e avançou 36,97% em dez mesese. Na sequência do ranking de participação do faturamento do PIM estão as divisões industriais de “outros produtos” (11,49%), termoplásticos (8,72% e US$ 2.50 bilhões), químicos (8,30% e US$ 2.37 bilhões) e metalúrgico (7,84% e US$ 2.24 bilhões) – todos com crescimento de vendas.

Entre os principais produtos do PIM, os celulares voltaram a ganhar destaque, com 13.442.338 unidades fabricadas e incremento de 13,87%, no comparativo dos dez meses iniciais de 2022. A lista inclui também motocicletas, motonetas e ciclomotores (+18,63% e 1.214.725), monitores com tela de LCD para uso em informática (+115,28% e 2.769.493), aparelhos telefônicos/porteiros eletrônicos (+5.962,01% e 324.257) e lâminas e cartuchos (+50,38% e 155.387.185).

Outros produtos tradicionais do PIM apresentaram resultados mais modestos ou até negativos. No mês que antedeu os jogos da Copa do Mundo, as TVs com tela de LCD e OLED, (+0,91% e 9.172.723), finalmente saíram do campo positivo, para pontuar estagnação. Já as linhas de produção de bicicletas (-17,45% e 548.008), relógios (-8,92% e 5.809.747),, condicionadores de ar split system (-28,01% e 3.353.444), e equipamentos de fitness (-37,50% e 37.424), entre outras, não tiveram a mesma sorte.

Mais empregos

A geração de empregos no PIM acelerou novamente, em outubro, e reforçou o recorde do ano. A média obtida no mês foi de 114.313 vagas, entre trabalhadores efetivos, temporários e terceirizados. Ficou 1,55% acima da marca de agosto (112.563). A comparação com o mesmo mês do ano passado (108.428), período em que a atividade sofria mais impactos da pandemia e menos da economia, mostrou acréscimo de 5,43%.

A média mensal de mão obra do Polo Industrial de Manaus foi de 109.262 postos de trabalho ao longo dos dez meses iniciais deste ano, o que equivale a uma elevação de 3,23% ante o “ano cheio” de 2021 (105.846). O resultado aparece como o melhor número da série histórica da Suframa, desde 2015 (105.015) – que foi ano de PIB negativo. Os maiores índices de crescimento de vieram dos segmentos eletroeletrônico (+26,16%), madeireiro (+16,55%) e termoplástico (+14,91%). Somente os polos ótico (-21,81%), mecânico (-11,64%), têxtil (-6,06%) e de couros e similares (-13,33%) eliminaram vagas.

Levando em conta só a mão de obra efetiva, o saldo no aglutinado até outubro se manteve no azul pelo quarto mês seguido. Foram criadas 4.019 vagas, dado o predomínio das contratações (29.197) sobre os desligamentos (25.178). Ainda assim, continua bem abaixo de 2021 (+7.440), embora já tenha superado 2020 (+3.817). Em divulgações anteriores, a autarquia informou que as ocupações diretas costumam representar mais de 80% da mão de obra da indústria amazonense, em média.

Demanda e dificuldades

No texto divulgado por sua assessoria de imprensa, o superintendente da Suframa, Algacir Polsin, afirmou que 2022 foi um ano de indicadores “bastante favoráveis” para o PIM, e que o faturamento das indústrias encerre 2020 com R$ 175 bilhões e “novo recorde”. “A ampliação da geração de empregos também foi um fato muito positiva. Estamos com uma média mensal superior a 109 mil trabalhadores. Comparando-se à de 2019, que era de 88 mil trabalhadores, podemos afirmar que o Polo gerou mais de 20 mil empregos diretos em quatro anos”, comemorou.

Neste mês, o presidente da Abraciclo, Marcos Fermanian, confirmou que o volume de produção de motocicletas está dentro do planejado e que a expectativa de fechar o ano com 1.420.000 unidades fabricadas no PIM deve ser atingida, e avaliou que a demanda deve seguir aquecida no próximo ano. “Depois de um primeiro bimestre conturbado devido aos casos da variante ômicron, as unidades fabris retomaram o ritmo das linhas de montagem e a produção vem subindo para atender à demanda do mercado. Acreditamos que a procura pela motocicleta deverá seguir em alta em 2023”, afiançou, em texto de sua assessoria.

Já o presidente executivo da Eletros, José Jorge do Nascimento Júnior, salientou, também em texto de sua assessoria, que a Copa ajudou a reforçar o poder de atração da Black Friday e aumentar as vendas de TVs e eletroportáteis, embora o mesmo não possa ser dito dos condicionadores de ar e demais itens da linha branca. “Após um período excepcional, em 2021, as vendas do segmento foram prejudicadas pelo fenômeno La Niña, que produziu temperaturas mais amenas”, encerrou, acrescentando que as vendas ainda se ressentem pela perda de poder de compra das famílias, pela inflação e juros.

Fonte: JCAM

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