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Fatores mercadológicos e ataques à ZFM definem encerramentos no PIM

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13/08/2021

Priscila Caldas

Em vertentes diferentes, empresários e parlamentares atribuem o anúncio do encerramento da fabricação de TVs feito pela Panasonic à questão mercadológica e à ausência de medidas de incentivo à produção industrial, por parte do governo federal, principalmente voltadas ao Polo Industrial de Manaus (PIM).

De acordo com o presidente do Centro da Indústria do Estado do Amazonas (Cieam), Wilson Périco, assim como as empresas Sony e Philips, a Panasonic também decidiu encerrar a produção de televisores após análises de mercado.

Périco destaca que a fabricante segue com produção de eletrodomésticos, no PIM, e que a preocupação nesse momento é a realocação das mais de 100 pessoas que perderam os empregos.

“É uma decisão da empresa no mundo. Essa decisão não foi tomada do dia para a noite, foi uma questão pensada, estudada e pautada na mudança de mercado. Hoje, existem outros players neste segmento que produzem a custo bem menor com margens menores, que levou a empresa a decidir descontinuar a produção de televisores. Temos que respeitar a decisão da empresa”, disse.

“O desafio é realocar as pessoas que perderam os seus empregos. Temos que trabalhar pensando no mais importante que são as pessoas, em como gerar emprego para o nosso povo. Esse é o grande desafio”, completou o empresário.

Na mesma linha, o presidente da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (Fieam), Antonio Silva, considerou que o posicionamento da Panasonic precisa ser respeitado.

“Trata-se de um planejamento estratégico da empresa. Neste momento toda e qualquer perda de empregos é sentida, mas como se trata de um posicionamento de mercado, temos que respeitar a decisão”, comentou.

Incentivo à importação prejudica a produção industrial

Para o deputado federal Zé Ricardo (PT-AM), o encerramento na produção de TVs, pela Panasonic, assim como a série de fechamentos recentes de indústrias no país como a LG e Ford, resulta da ausência de políticas de incentivo à produção industrial no país.

“Muitas empresas, hoje, não têm nenhuma perspectiva porque a política do Governo Federal na área econômica é favorável às importações. É isso o que o ministro da economia, Paulo Guedes, faz, reduz as alíquotas de imposto de importação para favorecer as importações, gerando emprego fora do país, quando aqui as indústrias precisariam ser valorizadas e incentivadas”, disse.

O parlamentar também destacou os constantes ataques do governo federal à Zona Franca de Manaus.

“Ele (Paulo Guedes) ataca constantemente a ZFM. É um inimigo da indústria e dos empregos no Brasil. Enquanto isso vemos mais um novo aumento de preços da Petrobrás, com o custo de vida aumentando, o desemprego atingindo a marca de 15 milhões de pessoas, quase 20 milhões passando fome, literalmente, e quase a metade da população em insegurança alimentar, sem ter recursos suficientes para alimentação. É um governo inimigo dos trabalhadores e da população”.

Fonte: Real Time 1

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