29/08/2019

Notícia publicada pelo Jornal Acrítica

A Farinha do Uarini do Médio Solimões recebeu a certificação de indicação geográfica do Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (Inpi) ontem, em cerimônia no auditório da Faculdade de Saúde da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), no bairro da Cachoeirinha.

Os municípios beneficiados como registro inédito são: Tefé, Uarini, Alvarães e Maraã.
“Essa indicação geográfica prova que a farinha do Uarini faz parte de uma tradição, cultura e prática contínua na região. É o reconhecimento de vínculo com este produto no território e com aceitação histórica de geração em geração”, afirmou a chefe do escritório regional do Inpi para as regiões Centro-Oeste e Norte, Milene Dantas Cavalcante.

Com este novo status tudo muda para os produtores rurais, que como reconhecimento da certificação passam a ser referências, de um dos mais antigos produtos regionais que, desde 1551, se tem notícia no Brasil, quando à época o padre Jesuíta Manuel da Nóbrega, já falava de sua existência entre os índios de Pernambuco.

A diferença da farinha do Médio Solimões no Amazonas, para as do Nordeste, são as suas características de crocância e o formato ovalado, conhecido como ovinha. Estafa Indústria 4.0 nos planos do Codese o Assunto será tema debatido em câmara técnica Produzida de forma artesanal, farinha do Médio Solimões tem como características de crocância e o formato ovalado rinha é considerada uma iguaria no acompanhamento dos peixes amazônicos como tambaqui, pirarucu, matrinxã, tucunaré, entre outros.

O agricultor Francisco Dárcio Falcão da comunidade Bom Jesus do Lago de Tefé no município de Alvarães disse “que produzir farinha do Uarini faz parte de várias gerações de sua família e que, aos poucos, mas com mais de 150 anos de prática, foram introduzidos métodos de produção “feitura” que se caracterizam pela ousadia e a renovação, para chegar no produto final que hoje foi certificado”.

Na análise da diretora técnica do Sebrae, Adrianne Gonçalves, “os agricultores do Médio Solimões deram o exemplo de que a farinha é excepcional e merece ter mais valor agregado. Eles tem tradição, técnica e sempre entregam um produto de qualidade.
O Sebrae vem trabalhando com eles há muitos anos e tem acompanhado todos os processos de produção artesanais”.

Mais produtos O Chefe da Divisão de Exame Técnico X do INPI, Pablo Ferreira Regalado, disse que o Amazonas com a farinha do Uarini já registra três produtos com identificação geográfica, a saber: Peixes ornamentais do Rio Negro, Guaraná de Maués, e, agora, a farinha do Uarini. O abacaxi de Novo Remanso é o próximo da fila.