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Fábricas do PIM reduzem atividades pela metade

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30/07/2015

Devido à queda na produção causada pela crise econômica que assombra o país, o Polo Industrial de Manaus (PIM) estaria operando, apenas, com 50% de sua capacidade, segundo informações da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (Fieam). A expectativa do órgão para o segundo semestre, é que esse ritmo registrado no primeiro semestre seja mantido. De acordo com o vice-presidente da Fieam, Nelson Azevedo, a situação tem sido motivada pelo atual cenário econômico que provocou uma crise generalizada em todos os setores do país.

Nelson ressaltou que a queda na produção também foi impulsionada pelas férias coletivas de mais de três mil colaboradores, pela desconfiança dos investidores e pelos cortes de empregos feitos este ano. Azevedo salientou que a perspectiva da indústria é que a situação melhore a partir do próximo mês, mas que todas as empresas estão cientes de que dificilmente essa melhora não venha e que o cenário continue o mesmo até o final do ano. "Essa crise generalizada refletiu forte no consumo e no faturamento de vários setores.

Devido a isso e outros problemas que ocorrem nos últimos meses, à produção do PIM automaticamente teve de ser reduzida. Nossa expectativa é que alguma coisa mude no próximo mês, mas indicativos mostram que dificilmente a indústria apresente resultados positivos até o final deste ano e que o segundo semestre registre o mesmo ritmo do primeiro, e que a capacidade de produção se mantenha nos 50%", salientou. Faturamento Nelson comentou que nos primeiros cinco meses deste ano, o Parque Fabril de Manaus já amarga uma queda de ao menos 17,3% no faturamento, no comparativo com o mesmo período do ano passado.

No acumulado dos últimos doze meses, essa queda já registra 13%. "A desconfiança do consumidor e do empresarial vem gerando essa queda no faturamento do PIM. Já notamos um acumulado negativo muito forte no setor. Não podemos prever se essa situação deverá permanecer até o final do ano, mas também não esperamos grandes resultados, levando em consideração os últimos acontecimentos na economia do país", disse. Sobre a perda de empregos no polo industrial, o dirigente da Fieam destacou que somente este ano, já foram registrados mais de 14 mil desligamentos nas indústrias do PIM. Conforme Nelson, esse balanço corresponde também aos cinco primeiros meses, o que mostra que o nú- mero de perdas de empregos no parque esteja ainda maior.

Fatores

Segundo Nelson Azevedo, queda no emprego é reflexo da baixa atividade industrial. Segundo ele, houve contratações, mas o número de demissões superou a reposição de funcionários

Trabalhadores negam queda na produção

Para o presidente do Centro da Indústria do Estado do Amazonas (Cieam), Wilson Périco, algumas empresas operam com menos de 50% da sua capacidade de produção, sendo obrigadas a reduzir a quantidade de dias e turnos trabalhados, o que causou algumas demissões no PIM. "Não tem expectativa de muito crescimento. Hoje há várias empresas que adotam o regime de férias coletivas, por conta da queda na demanda. Não deve haver nesse ano nenhum movimento de geração emprego.

A indústria deve retomar os níveis de abril e maio (produção), mas sem a geração de novos empregos", ressaltou Périco. Segundo o presidente do Cieam, o atual momento da indústria é o reflexo da crise que assombra o país. Conforme ele, as pessoas que estão empregadas não se sentem seguras em seus postos de trabalho e, por conta disso, acabam reduzindo os níveis de consumo. 'Papo furado' Pelo lado dos trabalhadores, o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do Amazonas (Sindmetal), Valdemir Santana, negou qualquer tipo de crise no setor industrial no Estado.

Ele questionou os dados divulgados pela Fieam e afirmou que a produção no PIM segue sem maiores problemas. "Que papo furado é esse? Isso não é verdade. As empresas estão produzindo normal. Assinei um acordo hoje (ontem) com a Samsung, de contrato por tempo determinado de seis meses, de 700 funcionários, para produção de celular e televisores. Eles aumentaram a produção. Semana que vem vou assinar outro acordo com a LG", rebateu Santana.

Fonte: Amazonas Em Tempo

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