13/12/2013
A afirmação é do conselho da Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo) que apresentou, nesta quinta-feira, o balanço do setor em Manaus.
Mesmo evitando divulgar o volume ou taxas de crescimento dos aportes para 2014, o presidente da Abraciclo, Marcos Fermanian, afirma que nenhum fabricante pretende ‘tirar o pé do acelerador’ por causa da retração do setor.
“O investimento é feito olhando a médio e longo prazo e se visarmos o mercado de financiamento, em que a cada dez financiamentos dois ou três são aprovados, significa que há demanda para o produto. Só precisamos criar mecanismos para que essa parcela de consumidores que querem comprar motos tenham acesso ao crédito”, explica. Para Fermanian, Norte e Nordeste são mercados com grande potencial de crescimento e as indústrias estão olhando dessa forma.
Há três fatores que podem garantir que se os investimentos não aumentarem consideravelmente, devem, no mínimo, manter os mesmos patamares de 2013, afirma o diretor de relações institucionais da Moto Honda, Paulo Takeuchi.
“Primeiro existe um PPB que vai adensar ainda mais o conteúdo local e nacional o que obriga todas as empresas instaladas em Manaus a investir em materiais e equipamentos pela própria exigência do processo”, disse
Outro item apontado por Takeuchi como fator de novos aportes, é a legislação do Programa de Controle da Poluição do Ar por Motociclos e Veículos Similares 4 (Promot 4) que obriga todas as motocicletas fabricadas a partir de janeiro de 2014 a estarem compatíveis com a legislação que já inclui novos investimentos em catalisadores, ligações diretas e diversas tecnologias.
“Além da própria manutenção do mercado que vai exigir que cada fabricante faça renovações de modelos e novos lançamentos para poder atrair novos consumidores e atingir os objetivos do ano que vem”, ressalta.
Com produção e vendas no atacado abaixo dos resultados de 2012, a Abraciclo está projetando um ano de 2014 sem crescimento. Efeitos macroeconômicos, menor quantidade de dias úteis e Copa do Mundo são alguns dos motivos para projetar resultados estáveis no próximo ano.
No acumulado de janeiro a novembro, as fábricas do polo de duas rodas de Manaus tiveram uma produção 2,2% menor e vendas 2,8% abaixo do mesmo período de 2012. A expectativa do setor ainda é fechar o ano sem recuos, porém somente em novembro, as vendas diminuíram 16,3% comparado a novembro de 2012, enquanto a produção caiu 9,6% frente ao ano passado.
Apesar do uso de bicicletas ter aumentado nos grandes centros urbanos, o volume de produção e negócios estão retraídos. Porém, a vinda de novas fábricas para o PIM, como a Houston, e os investimentos da Caloi (recém adquirida pela canadense Dorel) na produção de novas marcas devem dar novo fôlego ao setor.
“Nosso próximo objetivo é transformar o PIM em um polo exportador de bicicletas, pois atualmente não exportamos nenhuma”, destaca o presidente da Caloi, Eduardo Musa.
Fonte: Portal D24am.com