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Fabricantes acirram a disputa com produtos de menor ruído

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31/10/2013

Às vésperas da mudança nas normas que determinam o nível de ruído de aparelhos eletroportáteis, os fabricantes se preparam para a disputa pelos consumidores. A partir do dia 20 de fevereiro de 2014 produtos como aspiradores de pó, liquidificadores e secadores de cabelo devem ter um Selo Ruído reformulado - uma etiqueta que classifica o nível de potência sonora presente.

A mudança foi idealizada pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) para fomentar a fabricação de aparelhos mais silenciosos. Mas, de acordo com o instituto, apenas 20% dos aparelhos vendidos atualmente se encontram na escala 1, enquanto 40% deles estão na categoria 2, outros 20% na 3 e os 20% restantes nos níveis 4 e 5, sendo que numa escala de 1 a 5, o número 1 é considerado o mais silencioso e o 5 o menos.

"Os fabricantes já começaram a se movimentar na corrida para atingir o nível 1", explica o técnico da Divisão de Regulamentação Técnica e Programas de Avaliação da Conformidade do Inmetro, Fábio Real.

O segmento de eletroportáteis movimentou R$ 2,97 bilhões em volume de vendas na primeira metade de 2013, alta de 19,3% ante o mesmo período do ano passado, segundo levantamento da consultoria GfK

De olho no impacto que a nova forma de classificação pode gerar nos consumidores brasileiros, algumas gigantes do setor já começaram a se mexer para não sair atrás na disputa. É o caso da Whirlpool, Electrolux e Black & Decker.

Todas elas trabalharam na redução de ruídos e agora preparam suas estratégias de marketing para conquistar os consumidores com seus produtos mais eficientes no ponto de venda.

Os bons resultados registrados pela categoria no primeiro semestre também reforçam a preocupação das marcas em oferecer produtos de qualidade para manter seus clientes.

Pensando nisso, a norte-americana Whirlpool deu início, há um ano, ao processo de adaptação em alguns de seus produtos classificados, hoje, no nível 2. "Queremos todos os nossos equipamentos na categoria 1. Por isso, estamos adaptando nosso portfólio há um ano, para transferir alguns dos nossos aparelhos que ainda estão no nível 2", explica o diretor de sustentabilidade e regulamentações da Whirlpool Latin America, Vanderlei Niehues.

As mudanças, no entanto, deverão elevar os custos da companhia. Porém, segundo Niehues, não haverá repasse de preços para os consumidores.

"Em alguns casos, haverá um aumento nos custos de fabricação devido às mudanças tecnológicas. Tentaremos, entretanto, não repassar os preços. O aumento dos nossos custos pode chegar até 2%", diz.

De acordo com o executivo, os produtos em processo de adaptação devem ficar prontos de 30 a 60 dias antes da nova norma entrar em vigor. "Ainda não pensamos em uma estratégia de marketing, mas, com certeza, treinaremos nossos profissionais nos pontos de vendas para tirar as possíveis dúvidas dos clientes", afirma.

É justamente nessa área que a sueca Electrolux investirá para promover a qualidade de seus aparelhos. "Iremos treinar nossa equipe de vendedores nos pontos de vendas para auxiliar os consumidores na leitura do selo. Vamos comparar o nível de decibéis produzidos com outros ruídos, como o barulho de um avião, para elucidar as diferenças de medidas", diz a gerente de produtos da Electrolux do Brasil, Adriana Gimenes.

Segundo a executiva, a maioria dos aspiradores de pó comercializados pela multinacional, atualmente, estão entre os níveis 1 e 3. "Já temos muitos aparelhos na categoria 1, mas desejamos classificar todos entre os níveis 1 e 2. Sabemos que acontecerá uma migração no consumo, com os clientes buscando produtos mais silenciosos. Por isso, queremos aproveitar essa espaço", afirma a executiva.

A norte-americana Black & Decker também enxerga a mudança como algo positivo. "O selo é claro e padronizado, o que ajudará na comparação entre os produtos nas prateleiras. Isso é muito bom para o mercado brasileiro. É um amadurecimento", diz o gerente de qualidade de produto e serviço para América Latina da Stanley Black & Decker, Marcio Iwasa.

De acordo com o executivo, os produtos comercializados atualmente pela empresa, não precisaram passar por mudanças, pois já estão dentro da classificação exigida. Adaptações futuras, no entanto, não estão descartadas. Segundo Iwasa, melhorias nos itens deverão entrar em pauta no final de 2014 e início de 2015.

Fonte: DCI

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