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Fabricantes abandonam TV de tela curva

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09/01/2017

Primeiro foi a vez do 3D, agora chegou a da tela curva. As tecnologias que almejavam se tornar manias entre os consumidores, mas se revelaram inovações indesejadas, vêm sendo deixadas de lado pelos principais fabricantes de televisores, como mostra a estagnação das vendas de TVs de telas curvas apenas três anos depois de seu lançamento na Feira de Produtos Eletrônicos de consumo de Las Vegas (CES, na sigla em inglês).

Em vez disso, agora o novo foco dos fabricantes para atrair compradores é encontrar formas mais baratas e convencionais de melhorar a qualidade da imagem, como as TVs de Ultra HD, também conhecidas como 4K, ou as de HDR (sigla em inglês para "grande alcance dinâmico"), que prometem imagens mais ricas e vibrantes.

Há quatro anos, a Samsung e a LG mostraram protótipos na CES do que propagandeavam ser as "primeiras [TVs curvas] do mundo", sucessoras dos aparelhos de tela plana que, por sua vez, haviam substituído os volumosos televisores de tubos de raios catódicos. Quando foram colocadas à venda em 2014, as duas líderes de mercado prometiam que as telas côncavas tornariam mais imersiva a experiência de assistir a filmes, trazendo para dentro de casa um pouco do sabor dos cinemas Imax.

Os consumidores, no entanto, parecem não ter visto tantos benefícios - se é que havia algum - no novo formato. Os aparelhos de telas curvas representaram apenas 4% das vendas mundiais de televisores no terceiro trimestre de 2016, segundo a empresa de pesquisas de mercado IHS Markit Technology.

Na CES desta semana em Las Vegas, a LG já desistiu totalmente da tecnologia e tirou as telas curvas de sua linha 2017 de TVs, que prioriza aparelhos mais finos com imagens mais nítidas.

A Samsung também retrocedeu nos esforços para tentar vender a tecnologia para consumidores de alto padrão. Agora dá a opção de telas planas ou curvas em seus televisores de primeira linha, quando há dois anos oferecia apenas a opção curva.

"A curvatura quando surgiu pela primeira vez era única e diferente", diz Tim Alessi, que trabalha na LG como diretor sênior da área chamada de entretenimento residencial. "Mas quando olhamos para a demanda geral, não havia um grande clamor pela curvatura [...]. Realmente não fazia nada para melhorar a qualidade das imagens."

As duas companhias, que somadas dominam cerca de 30% do mercado mundial de TVs, também tiraram os aparelhos 3D de suas linhas. A LG deixou de vender modelos com a tecnologia neste ano.

Essas mudanças repentinas de tecnologia colocam em evidência os riscos inerentes à disputa acirradíssima existente no mercado de TVs, no qual qualquer inovação que possa espremer algum lucro extra é aproveitada com tanta rapidez que chega antes de os consumidores conseguirem entender o que as siglas anteriores queriam dizer.

"As margens [de lucro] nas TVs são terríveis', disse Paul Gagnon, da IHS Markit Technology. "Então, [os fabricantes] basicamente vão atirando para todos os lados para ver se acertam algo."


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