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Fabricação de bicicletas na Zona Franca sofre retração de 27,7%

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05/02/2021

Fonte: EM TEMPO

Vanessa Leme

om os efeitos negativos da pandemia para a indústria, a produção no setor de Duas Rodas diminuiu no Polo Industrial de Manaus (PIM). Em 2020, foram produzidas 665.186 unidades de bicicletas, 27,7% menor do que a fabricação em 2019, com 919.924 unidades, segundo a Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo). Representantes do segmento acreditam que 2021 será um ano de superação após a contenção da crise sanitária da Covid-19.

Apesar da queda na produção do ano passado, a Abraciclo prevê um crescimento de 12,8% acima do volume de 2020, com a pretensão de fabricar 750 mil bicicletas no PIM. O resultado não foi melhor no ano anterior em função da dependência de produtos importados, principalmente asiáticos, para a fabricação de bicicletas, como os sistemas de freios, transmissões, suspensões e selins.

Segundo o vice-presidente do segmento de bicicletas da Abraciclo, Cyro Gazola, os pedidos de unidades aumentaram nesse período, mas houve a necessidade de diminuir a produção pela falta de insumos para a fabricação.

“A demanda por bicicletas continua alta e a tendência é que siga dessa forma ao longo do ano. As associadas estão se esforçando para atender ao mercado, apesar de ainda estarmos limitados pelo desabastecimento de peças e componentes, o que gera dificuldade na montagem e, consequentemente, a falta de alguns modelos no mercado”, explica.

Para o presidente da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (Fieam), Antônio Silva, o mercado de Duas Rodas continua aquecido, buscando se superar para suprir a demanda. “Apesar das adversidades, o setor conseguiu se manter com números razoáveis em meio à pandemia. A partir da melhora no quadro estadual da pandemia e da flexibilização das medidas, aliada a regularização do fornecimento de insumos, deveremos observar melhores números”, prevê.

Assim como Silva, o presidente do Centro das Indústrias do Estado do Amazonas (Cieam), Wilson Périco, ressalta que, com as medidas de restrição, as indústrias tiveram que reduzir o ritmo, com horários adaptados. Inclusive, as empresas que dependem de oxigênio para produzir também tiveram dificuldades de adquirir o insumo, já que estava destinado ao sistema de saúde. “A Moto Honda, por exemplo, deu férias coletivas para os funcionários”, afirma Périco.

Mesmo assim, o presidente do Cieam enfatiza que é possível recuperar os prejuízos provenientes da pandemia, trabalhando em um programa de compensação de horas paradas, assim alcançando os objetivos e a projeção prevista para este ano.

Nas exportações, Silva, da Fieam, avalia o ano passado e acredita que 2021 será um ano de recuperação. “As exportações são um bom indicativo desse cenário, haja visto os surpreendentes números de 2020. Essa é uma hipótese para aquelas indústrias que objetivem um escoamento complementar ao mercado nacional. As expectativas para este ano também são de crescimento nessa modalidade”, complementa.

Modelos mais vendidos

No ano passado, a Moutain Bike (MTB) foi a categoria mais produzida, com 361.379 unidades, seguida da Urbana/Lazer, com 215.538 bicicletas. Esses modelos são específicos para trilhas e terrenos acidentados, porém, de acordo com Gazola, tem sido uma boa opção para as cidades pelos recursos tecnológicos, como suspensões, maior número de marchas e freios hidráulicos, por exemplo.

Da fabricação da Zona Franca de Manaus (ZFM), 2.724 unidades foram exportadas só no mês de dezembro de 2020. Ou seja, 275,2% maior do que o volume de bicicletas do mesmo período de 2019, com 726 unidades. Segundo dados do portal Comex Stat, os três principais mercados foram Paraguai (1.447 bicicletas), Uruguai (816) e Bolívia (460).

Sobre a importação, 2.990 bicicletas foram importadas, em dezembro, o que corresponde a uma retração de 50,3% em relação ao mesmo mês de 2019, com 6.015 unidades. A maioria veio da China, com 2.296 bicicletas, seguida por Taiwan, com 325 unidades e 190 do Vietnã.

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