Uma empresa do Polo Industrial de Manaus (PIM), que atua no ramo de embalagens flexíveis e produtos gráficos, vai instalar uma linha de produção dentro do regime fechado do Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj). O projeto 'Produzindo para a liberdade' visa a reinserção da população carcerária no mercado de trabalho. Inicialmente, 20 detentos foram selecionados para o trabalho na unidade. Eles deverão receber remuneração de um salário mínimo.

Um Termo de Cooperação Técnica foi assinado a última quinta-feira (3) entre a empresa e a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap), criadora do projeto.

Segundo termo, o projeto tem duração de cinco anos a partir da assinatura. A expectativa é de que até final de outubro a linha de produção esteja montada.

Segundo a assessoria da Seap, 20 detentos do regime fechado do Compaj foram selecionados para trabalhar na linha de produção do presídio. O critério para a seleção do presos foi o bom comportamento apresentado no cumprimento da pena.

Os selecionados terão de cumprir de seis a oito horas de trabalho por dia. A empresa garante a remuneração de um salário mínimo a cada um. Conforme a Lei nº 12.433, de 29 de junho de 2011, os presos terão a redução de um dia de pena a cada três dias trabalhados.

Investimento

A previsão é que até novembro deste ano, a empresa tenha realizado todo o processo de capacitação e instalação no regime fechado. A estimativa de investimento é de mais de R$ 1 milhão, incluindo material de consumo, máquinas, capacitação, força de trabalho e transporte de material.

De acordo com a Seap, a Umanizzare Gestão Prisional - responsável pela administração do presídios do estado - dará suporte nos procedimentos de instalação, adequação do espaço, seleção de internos e outras funções.

Fonte: G1.com