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Exportações de motocicletas desaceleram na Zona Franca de Manaus

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17/03/2015

As exportações das empresas do setor de duas rodas do Polo Industrial de Manaus (PIM) seguem em queda vertiginosa. Conforme dados da Balança Comercial Brasileiro, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic), as principais fábricas de motocicletas da indústria amazonense voltaram a liderar a média negativa no resultado do primeiro bimestre.

Depois de cair 78,97% no volume de exportações em janeiro desse ano, a Moto Honda manteve o ritmo desenfreado e registrou queda de 75,86% no volume referente ao primeiro bimestre, ante o mesmo período do ano anterior.

Após ter exportado, nos meses de janeiro e fevereiro de 2014, um volume de produção na ordem de US$ 26,2 milhões, a Moto Honda exportou, no mesmo período desse ano, somente R$ 6,3 milhões. Com a queda a multinacional que fechou a sua participação nas exportações da indústria amazonense, no primeiro bimestre do ano passado, com 17,13%, nesse ano caiu para 5,87% no mesmo período.

Ainda no polo de duas rodas, a Yamaha Motor da Amazônia também segue em ritmo de queda. Em janeiro a empresa alcançou percentual negativo de 56,65% em relação ao mesmo mês de 2014 e no bimestre a Balança Comercial Brasileira registrou queda no volume de exportação da empresa de 42,61% frente ao mesmo período do ano anterior.

No primeiro bimestre de 2014 a Yamaha exportou volume de produção na ordem de US$ 8,4, enquanto nos mesmos meses de 2015 a companhia alcançou exportação na ordem de US$ 4,8 milhões. Em janeiro desse ano a empresa exportou US$ 1,5 milhão ante os US$ 3,2 milhões de janeiro de 2014.

A Moto Honda explicou que as restrições de crédito, bem como, as variações cambiais, a inflação e outros fatores, têm impactado o mercado de motocicletas de baixa cilindrada nos últimos três anos. Conforme a nota, a multinacional disse que "durante o ano de 2014 foi necessário realizar ajustes de produção".

A companhia sinalizou que para esse ano avalia novas paradas nos meses de março e abril, "tendo em vista os resultados abaixo das expectativas no primeiro bimestre de 2015". Sobre o quadro de colaboradores, a Moto Honda afirmou que "eventuais desligamentos voluntários na fábrica de Manaus não têm sido repostos".

Corte de empregos


O secretário-geral do Sindicato dos Metalúrgicos do Amazonas (Sindmetal), Aldemir Miranda de Brito, disse que há no polo de duas rodas a sinalização de cortes de funcionários por conta do momento ruim pelo qual passa o setor. Contudo, a entidade aguarda confirmação por parte das empresas.

"Estamos aguardo a confirmação. Por enquanto é o que circula entre os trabalhadores. O Sindimental já cobrou manifestação das empresas, mas elas ainda não responderam", disse.

As exportações da indústria amazonense no primeiro bimestre do ano, no geral, registraram queda de 29,57% ante o mesmo período de 2014. A baixa acentuou com relação as exportações de janeiro quando o setor amargou menos 27,36% em relação ao mesmo mês do ano anterior. Enquanto em janeiro e fevereiro do ano passado as exportações do PIM alcançaram US$ 153,5 milhões, nesse ano chegou a apenas US$ 108,1 milhões.

Até mesmo a Recofarma, que em janeiro desse veio na contramão da maioria das exportadoras do PIM ao registrar crescimento do volume de exportação de 8,20% ante o mesmo mês do ano passado, no bimestre a companhia caiu 26,05%, conforme dados da Balança Comercial Brasileira.

Dos US$ 40,1 milhões exportados nos dois primeiros meses do ano passado, a Recofarma exportou somente US$ 29,6 milhões no mesmo período desse ano. Em janeiro a empresa exportou US$ 13,5, enquanto em 2014 a exportação foi na ordem de US$ 12,4 milhões no mesmo período.

Apesar da queda, a empresa responsável pela produção de xarope da Coca-Cola manteve-se como primeira colocada entre as principais exportadoras do parque fabril de Manaus. Em janeiro desse ano a sua participação foi de 25,35% e no bimestre saltou para 27,44% em relação aos mesmos meses do ano anterior.

No polo de isqueiro, caneta e barbeador a Procter & Gamble do Brasil depois de registrar em janeiro queda de 6,81%, no bimestre ele cresceu 5,71 no seu volume de exportação, bem como a sua participação entre as empresas exportadoras saltou de 10,13% para 15,21%. Em 2014 a Procter exportou em janeiro e fevereiro volume na ordem de US$ 15,5 milhões, e nesse ano, no mesmo período saltou para US$ 16,4 milhões.

Fonte: Amazonas Em Tempo

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