01/07/2014
As vendas externas da categoria representam a recuperação para o setor, que sempre viveu na incerteza da expansão dos negócios devido a imbrólios alfandegários e a dúvida da manutenção do modelo ZFM, indicam algumas lideranças do setor industrial amazonense. Para o presidente da Fieam (Federação das Indústrias do Estado do Amazonas) Antonio Silva, ainda há muito a ser reforçado para que o setor de Duas Rodas mantenha o equilíbrio.
“Ainda é difícil exportar, mas as vendas externas representam sim uma recuperação, não nos níveis que esperávamos, mas é uma boa notícia” resume Silva que cita as ações junto a Se-faz-Am (Secretaria de Estado da Fazenda do Amazonas) e o intercâmbio comercial com países da América do Sul como fatores de alavancamento de vendas externas.
“A derrubada de barreiras alfandegárias pode favorecer e muito o setor, colocando nossas motos no mercado exterior. Precisamos ser mais competitivos”, fecha.
Os números de vendas externas da categoria 125cc foram de US$ FOB 64.655,478 entre janeiro e maio de 2014, contra US$ FOB 58.844,354 em período igual de 2013. A sigla FOB significa ‘Free On Board’, que é quando a mercadoria é desembaraçada na alfândega e o exportador é responsável pela mercadoria até ela estar dentro do navio, para transporte, no porto indicado pelo comprador.
Reforçar o mercado interno
Para a Abraciclo, o setor registrou queda de 10,4% na primeira quinzena, em que foram emplacadas 54.581 motocicletas. Em relação ao mesmo período de junho do ano passado, quando foram comercializadas 66.578 unidades em 11 dias úteis de vendas o volume absoluto registrado na primeira metade deste mês foi 18% inferior. Se consideradas as vendas diárias, de 5.458 unidades nos primeiros 15 dias de junho e de 6.053 em igual período de 2013, o recuo no atual período foi de 9,8%.
O mercado interno que tem as 125cc como ferramenta de trabalho, transporte para empresas, comércio e populares, é o maior comprador da categoria e precisa de reforços, como maior facilidade de obtenção de crédito, conta o presidente da Fieam. “Precisamos de mais ações que garantam ao comprador brasileiro maior crédito, sabemos que o setor se segura nas vendas internas que exigem uma renovação da frota.” resume.
Também apontando o mercado interno com o algo a ser reconquistado, o presidente do Cieam (Centro das Indústrias do Estado do Amazonas), Wilson Périco cita a necessidade de maior competitividade com os produtos estrangeiros para só então abordar o exterior. “O número de exportações parece ser bom, mas é pequeno frente ao volume total de negócios e a geração de empregos. A questão da facilidade de crédito para o comprador tem que ser sanada, para as motos brasileiras voltarem a ter força frente às importadas. Aí sim poderemos pensar em maiores exportações”, fecha Périco.
Fonte: JCAM