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Eternos desafios

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14/02/2023

Paulo Takeuchi

Diretor executivo da Abraciclo

E-mail ptakeuchi@abraciclo.com.br

Após dois anos de imprevistos na produção, enfim tivemos um início de ano sem a preocupação de adotar medidas restritivas Com isso, as empresas do PIM - Polo Industrial de Manaus e o setor de Duas Rodas puderam produzir normalmente as bicicletas e motocicletas para suprir a demanda do mercado, que sofreu bastante no ano passado com a irregularidade no abastecimento. Vencida parte do desafio, que foi contra a terrível pandemia da covid-19, já estamos nos preparando para enfrentar outras adversidades que teremos pela frente e que se mostram igualmente complexas e mortais, caso não saibamos escolher o caminho mais correto.

O primeiro grande desafio é fazer a economia crescer para gerar empregos e renda a população e, principalmente, garantir recursos para que o governo invista em obras de infraestruturas para diminuir a imensa defasagem que existe em todos os setores, desde o transporte público, energia, comunicação, rodovias, ferrovias, portos etc.

Sem os recursos necessários para investir, a solução é realizar parcerias com iniciativas privadas. Sem isso, o governo precisa de um milagre para fazer a economia crescer diante de todas as adversidades existentes. Uma delas é a injusta carga tributária que onera a indústria e o consumo, impactando no custo Brasil e no crescimento econômico. Portanto, o segundo desafio é promover a reforma tributária, cuja carga vem engessando a nossa economia e, ao mesmo tempo, é o único instrumento de arrecadação do governo para pagar suas contas cada vez mais deficitárias.

A reforma que está sendo discutida, infelizmente, não reduz a carga, nem corrige as distorções tributárias entre os setores de serviços, comércio, indústria, financeiro e agricultura Ela propõe uma pseudo simplificação com a unificação de impostos, que poderá se tornar uma operação complexa na distribuição entre os estados e municípios, além do grande risco de anular os benefícios da ZFM Zona Franca de Manaus.

Caso a reforma tributária resulte na perda dos incentivos da ZFM, podemos prever que as indústrias existentes não terão como se manter competitivas e deixarão de produzir na região, provocando desemprego e queda de arrecadação na região, aumentando ainda mais as diferenças regionais existentes no País. Os desafios são grandes para todos nós e, se refletirmos bem, atingem tanto a população que convive com o cotidiano da vida moderna, com impostos, variação cambial, celular, internet etc, como os indígenas, que também encaram grandes desafios para sobreviver.

A natureza oferece as maiores riquezas, como as florestas e as águas dos rios, que são a base da sobrevivência, mas estão sendo prejudicados pela ação criminosa de alguns que buscam o lucro ilegal e recorrem a meios para obter renda para sobreviver. É o caso dos garimpos ilegais que prejudicam a todos e destroem a natureza.

São os outros desafios a serem enfrentados A vida poderia ser mais simples e bela, como os índios pretendem viver. O cotidiano seria baseado na caça, na pesca e nas plantações para se alimentarem de forma saudável. No entanto, muitas vezes na busca da simplificação, acabamos escolhendo caminhos errados e perigosos que não levam a um final feliz e, às vezes, sem retorno Vamos trabalhar para que a reforma tributária não trilhe pelo caminho errado.

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