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Estudo da FGV aponta início de retomada da indústria em dezembro

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27/12/2013

Os dados da Sondagem Conjuntural da Indústria de Transformação sinalizam o início de uma recuperação do setor, porém, é preciso esperar o resultado dos próximos meses para ver se ela vai se confirmar, avaliou ontem a coordenadora responsável pela pesquisa, Tabi Thuler Santos. "Mas temos mais sinais positivos do que tínhamos no mês de novembro", explicou a analista.

A economista observou que o Índice de Confiança da Indústria (ICI) avançou pelo segundo mês consecutivo: alta de 1,2% em novembro e 1,1% em dezembro. Um de seus componentes, o Índice de Expectativas (IE), também subiu pelo terceiro mês seguido: 0,4% em outubro, 0,6% em novembro e 2,2% em dezembro. Já o quesito emprego previsto, que avalia a situação para os próximos três meses, puxou o avanço do IE ao subir 3,1%, registrando 110,4 pontos, embora ainda esteja abaixo da média histórica (últimos 60 meses), de 112,2 pontos. "O indicador não aponta exatamente para novas contratações na indústria. Ele sinaliza mais que não haverá demissões", afirmou a analista.

Na ocasião, Tabi também destacou outro quesito dentro do IE, a situação futura dos negócios para os próximos seis meses, que registrou alta de 1%, para 132,7 pontos, também abaixo da média histórica, de 139,7 pontos. "O indicador não apresentava alta desde fevereiro", disse a economista. Ela observou que esse dado tem boa relação com investimentos. "Embora tenha avançado, ainda é uma alta tímida. Temos de esperar para ver como esse indicador se comportará nos próximos meses, mas, sem dúvidas, essa já é uma boa sinalização", reforçou.

Estoques


O outro componente do ICI é o Indicador da Situação Atual (ISA), que ficou estável ao avançar ligeiramente, cerca de 0,1%, para 100,0 pontos. Nesta categoria de análise, Tabi destacou a diminuição do nível de estoques: a proporção de empresas com estoques excessivos recuou de 8,4% para 7,2%, enquanto a de empresas com estoques insuficientes aumentou de 1,6% para 1,9%. A diferença de 5,3 pontos percentuais entre a proporção de empresas nas duas situações extremas é a menor desde o mês de julho. "Apesar dessa evolução geral, é preciso tomar cuidado com a análise porque todos os indicadores estão abaixo da média histórica recente e não temos uma situação que podemos chamar de confortável para a indústria nesses nossos indicadores de confiança analisados", concluiu a economista.

Fonte: DCI

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